TY - JOUR AU - Singulano, Yara Lopes AU - Teixeira, Karla Maria Damiano PY - 2019/03/01 Y2 - 2024/03/28 TI - Impactos do acesso à informação sobre as percepções de adolescentes acerca da violência doméstica e familiar contra as mulheres JF - Revista Brasileira de Segurança Pública JA - Rev. bras. segur. pública VL - 12 IS - 2 SE - Artigos DO - 10.31060/rbsp.2018.v12.n2.959 UR - https://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/view/959 SP - 133-152 AB - <p>O presente trabalho objetivou analisar em que medida o acesso à informação poderia impactar a percepção de adolescentes sobre o fenômeno da violência doméstica e familiar contra as mulheres, partindo-se da premissa de que ações educativas são eficientes para promover a prevenção desse tipo de violência. Para tanto, buscou-se, especificamente, auferir a opinião dos participantes <em>a priori</em>, bem como posteriormente à realização de uma oficina pedagógica, comparando-se seus posicionamentos nesses dois momentos. Sete adolescentes, alunos de uma escola pública do interior de Minas Gerais, foram entrevistados e responderam, ainda, um questionário em escala do tipo Likert, e suas respostas foram analisadas através do método de análise de conteúdo. Os resultados apontaram que ações pontuais que promovam o acesso à informação, como oficinas e palestras, têm sua eficácia limitada para alterar as percepções dos participantes; ou seja, são insuficientes para fomentar uma análise crítica acerca dos modelos sociais hegemônicos, como a organização patriarcal da família e a divisão sexual de tarefas, e sobre o próprio fenômeno da violência doméstica e familiar. Nesse sentido, pode-se concluir pela necessidade de inclusão das discussões sobre questões de gênero no cotidiano escolar, através de políticas educacionais que contemplassem toda a trajetória escolar dos indivíduos. Além disso, ficou evidenciado que o discurso midiático exerce uma influência significativa sobre a percepção dos adolescentes, tornando-se indispensável sensibilizar a mídia sobre o problema da violência de gênero, para que adote uma abordagem não-sexista e não-violenta.</p> ER -