O espaço penal e o indivíduopreso: dinâmicas do espaço habitado

Autores

  • Suzann Cordeiro

DOI:

https://doi.org/10.31060/rbsp.2011.v5.n1.87

Palavras-chave:

Arquitetura prisional, Espaço prisional, Apropriação do lugar, Dinâmicas do espaço habitado

Resumo

Este artigo trata resumidamente de pesquisa acadêmica realizada para obtenção do título de doutorado em psicologiacognitiva, que buscou conjugar conceitos da psicologia à análise da arquitetura prisional, trazendo elementos que permitamconhecer os fenômenos decorrentes da relação homem-espaço prisional. Desenvolvendo atividades, o homem espacializa suasintenções dando-lhes forma física e criando lugares significativos. Pretende-se demonstrar que as formas sociais, por meio dasespacializações, relacionam-se com as formas físicas, criando lugares, que, por sua vez, influenciam as espacializações, poisas formas físicas expressas pela arquitetura e as formas sociais expressas pelos eventos interagem. Assim, cada componentearquitetônico desempenha papel singular em sua articulação com outros elementos e com a vida das pessoas para quem aarquitetura se oferece como linguagem e instrumento e, portanto, cada edificação revela-se como obra única no sentido dasconexões realizadas entre os indivíduos que a habitam e o meio –condição para sua existência como arquitetura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Suzann Cordeiro

Suzann Cordeiro é professora adjunta da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas – Ufal,arquiteta e urbanista, especialista em tecnologia dos materiais, mestre em Arquitetura e Urbanismo, pela Ufal, Maceió-AL,doutora em Psicologia Cognitiva, UFPE, Recife-PE. Vice-coordenadora do Grupo de Estudos em Problemas Urbanos – Gepur,colaboradora do Departamento Penitenciário Nacional – Depen/MJ, colaboradora do Servicio Penitenciario Nacional deMinistério da Justicia da Argentina. Membro do International Corrections and Prisons Association Team.

Referências

BALDWIN, J. M. Personality suggestion. Psychological Review, v. 1, n. 1, p. 274-279, 1984.

BALDWIN, J. M. Social and ethical interpretations in mental development. New York: MacMillan, 1987.

BREDARIOL, A. C. P. Suporte ambiental: uma estratégia para educação infantil inclusiva. Tese (Doutorado). São Carlos, Ufscar, 2006.

BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Tradução: Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

BRONFENBRENNER, U. Developmental exology through space and time: a future perspective. In: GLEN, H. E.; KURT, L. P.s M.Examining lives in context: perspectives on the ecology of human development. Washington: American Psychological Association, p. 619-647, 1995.

BRONFENBRENNER, U. The ecology of human development: experiments by nature and desig. Cambridge: Harvard University Press, 1979.

BRONFRENBRENNER, U.; STEPHEN, C. Nature nurture reconceptualized. Developmental Perspective – a Bioecological Model, 101, v.4, p. 568-586, 1994.

COLE, A. L. Teacher development partnership research: a focus on method md issues. American Educational Research Journal, p. 473-495, 1993.

COLE, M. Culture psychology: a once and future discipline. Cambridge: The Belknap Press of Harvard University Press, 1998.

CORDEIRO, S. De perto e de dentro: as relações entre o indivíduo preso e o espaço arquitetônico penitenciário a partir de lentes de aproximação. Maceió: Edufal, 2009.

COUTINHO, E. O espaço da arquitetura. São Paulo: Perspectiva, 1977.

FOUCALT, M. Vigiar e punir; a história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1987.

GOFFMAN, E. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Editora Perspectiva, 1961.

GOODWIN, C. Action and embodiment within situated human interaction. Journal of Pragmatics, n. 32, p. 1.489-1.522, 2000.

GOODWIN, C. Time in action. Current Anthropology,43, special issue “Repertoires of Timekeeping in Anthropology ed., p. 19-35, August-October 2002.

GOODWIN, C.The semiotic body in its environment. In: COUPLAND, J.; RICHARD, G. (Eds.). Discourses of the body. JNew York: Palgrave/Macmillan, p. 19-24, 2003 .

GOODWIN, C. Visual analysis. An Etho methodological Approach. In:VAN LEEUWEN, C. J. T. Handbook of visual analysis. London: Sage Publications, p. 157-182, 2000.

KOHLSDORF, M. E. A apreensão da forma da cidade. Brasília: Editora UnB, 1996.

SILVA, D. F. da. Inserção epistemológica da teoria da complexidade nos estudos lingüísticos: sobre fragmentos e totalidades. Calidoscópio, v. 5, n. 3, p. 185-189, 2007.

SPIRN, A. W. Projeto do ecossistema urbano. In:SPIRN, A. W. O jardim de granito – a natureza no desenho da cidade. São Paulo: Edusp, p. 267-287, 1995.

SVENSSON, F. Arquitetura: criação e necessidade. Brasília: Ed. Universitária de Brasília, 1992.

VALSINER, J. Culture and human development: an introduction. London: Sage, 2000.

VALSINER, J. Forms of dialogical relations and semiotic autoregulation within the serf. Theory and Psychology, p. 251-265, 2002.

VALSINER, J; VAN DER VER, R. The social mind: construction of idea. Cambridge: Cambridge Um Press, 2000.

VALSINER, J.; BRANCO, A. U.; DANTAS, C. Co-construction of human development: heterogeneity within parental belief orientations. In: GRUSEC, J. E.; KUCZYNSKY, L. Parenting and children’s internalization of values. New York: Wiley, p. 283-304, 1997.

Downloads

Publicado

01-03-2011

Como Citar

CORDEIRO, Suzann. O espaço penal e o indivíduopreso: dinâmicas do espaço habitado. Revista Brasileira de Segurança Pública, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 122–137, 2011. DOI: 10.31060/rbsp.2011.v5.n1.87. Disponível em: https://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/view/87. Acesso em: 19 abr. 2024.