Sobre a Revista

Foco e Escopo

A Revista Brasileira de Segurança Pública é uma publicação semestral interdisciplinar do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que tem como objetivo contribuir com a ampliação e consolidação do campo de estudos sobre segurança pública. Sendo assim, publicam-se estudos originais, em português, inglês e espanhol, enquadrados nas categorias: i) artigos originais; ii) notas técnicas; e iii) entrevistas.

Qualis CAPES

Como resultado da Avaliação Quadrienal 2017-2020 da CAPES para periódicos, a RBSP foi classificada como A3, refletindo o trabalho contínuo de qualificação da Revista. Os resultados podem ser visualizados por meio da Plataforma Sucupira.

Histórico e Considerações

A primeira edição da Revista foi publicada em 2007 e, já no ano seguinte, o periódico passou a ser editado com regularidade. Desde então, foi publicada ao menos uma edição por ano, sendo que, a partir de 2009, o periódico passou a ser publicado semestralmente. Em Janeiro de 2024, contamos com 35 edições publicadas, sendo duas edições especiais e 33 regulares.

Ao longo de sua história, a Revista Brasileira de Segurança Pública (RBSP) publicou, até Fevereiro de 2024, 437 textos, sendo 88,78% deles artigos, o que corresponde a 388 textos. Há ainda notas técnicas (5,72% dos textos), entrevistas, entre outros materiais. A titulação dos autores também é relevante de ser mencionada. São 280 textos com, pelo menos, um autor com doutorado (64% das publicações). Ao considerar os autores que na época da publicação eram alunos de doutorado, esse número sobe para 305, o que significa que 69,7% dos materiais publicados pela RBSP contam com pelo menos um autor em processo de doutoramento ou com a titulação já adquirida. Considerando-se todos os autores principais e os coautores que publicaram na Revista Brasileira de Segurança Pública até então (no total de 837 autores),  468 são homens e  369  mulheres, indicando que elas somam 44,08% do total.

A região predominante dos autores é a Sudeste, correspondendo a 45,64% (382), sendo que 15,29% (128) dos autores residem na região Centro-Oeste, 15,41% (129) na região Nordeste, 16,36% (137) na região Sul, e 5,01% (42) na região Norte. A maior parte dos autores reside nos estados de São Paulo, que possui 17,44% (146), em Minas Gerais com 12,78% (107),  Distrito Federal 10,27% - (86), Rio de Janeiro - 8,6% (72) e Rio Grande do Sul - 9,79% (82).  Assim, conseguir uma maior representação dos estados de fora da região Sudeste, com devida atenção à região Norte, são desafios que vem sendo enfrentados pela editoria da RBSP. Uma pequena, mas importante modificação, pode ser percebida em relação ao número de autores da região norte que aumentaram em 3,11% a participação nas últimas publicações da revista. Em dezembro de 2021 a RBSP contava com 1,9% de autores da região norte, passando em fevereiro de 2022 a 2,84%, a 3,28%  em agosto de 2023 e a 5,01% com a publicação da última edição (Ed.34).  Ademais, ressaltamos a presença de autores estrangeiros que publicaram 3,89% (17) dos artigos ao longo da história da revista. Em geral, provenientes de países como México, África do Sul, Espanha e Moçambique. 

A relevância da Revista é notável. A título de ilustração, o artigo “Da “metáfora da guerra” ao projeto de “pacificação”: favelas e políticas de segurança pública no Rio de Janeiro”, escrito por Márcia Pereira Leite e publicado em 2012 na edição 11, volume 6, n° 2, teve 296 citações até Fevereiro de 2024, o que corresponde a, aproximadamente, 23,68 citações por ano, segundo o Google Acadêmico. Outro artigo que pode ser utilizado como exemplo é o “Governo que produz crime, crime que produz governo: o dispositivo de gestão do homicídio em São Paulo (1992 – 2011)”, de Gabriel de Santis Feltran, publicado também em 2012 na edição 11, volume 6, n° 2, que conta com 178 citações, correspondendo a 14,24 citações por ano. Por fim, os artigos "PCC, sistema prisional e gestão do novo mundo do crime no Brasil", de Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias publicado em 2017  na edição de número 21, volume 11 n.2 e o "Paradigmas de segurança no Brasil: da ditadura aos nossos dias" de Moema Dutra Freire publicado em 2009 na edição de número 5, volume 3  n.2  possuem citações expressivas, sendo 99 citações (13,2 por ano)  para o primeiro e 180 citações (12,41 por ano) para o segundo.

Vale ressaltar, ademais, a questão da preservação da memória da RBSP. Para tanto, há um HD externo específico para a guarda de todos os documentos disponíveis no sistema da Revista, a fim de preservar o histórico, caso haja algum problema com o site. Utiliza-se, também, o Dropbox e o Google Drive, com o objetivo de preservar os arquivos necessários. A RBSP também realiza o arquivamento de seus trabalhos publicados e edições por meio das licenças LOCKSS e CLOKSS que estão Habilitadas para armazenar e distribuir o conteúdo do periódico nas bibliotecas participantes.

Tipos de trabalhos publicados pela RBSP

A Revista Brasileira de Segurança Pública publica trabalhos científicos - como artigos, notas técnicas,  entrevistas e dossiês temáticos- de autores com titulação mínima de Ensino Superior Completo.

  • Artigos originais

A RBSP publica artigos originais, inéditos - que não estejam publicados ou sendo avaliados simultaneamente em outras revistas ou órgãos editoriais - e de contribuição substantivas à área da segurança pública . Isso inclui discussões sobre criminalidade, padrões de policiamento, formação profissional, investigação policial, justiça criminal, justiça juvenil, sistema prisional e sistema socioeducativo, dentre outros. Importante ressaltar que a Revista não publica discussões de cunho eminentemente dogmático ou jurídico, mesmo que relacionadas à temática da segurança pública.

Não são aceitos trabalhos monográficos, dissertações de mestrado, teses de doutorado ou relatórios de pesquisa em seus formatos originais para submissão, é preciso transformá-los em artigos.

Seguem algumas recomendações para a elaboração de artigos científicos:

  1. Resumos deverão ser capazes de apresentar, coesa e sinteticamente, os objetivos do trabalho, a metodologia empregada – se quantitativa, qualitativa ou mista, seus participantes e método de análise dos resultados –, resultados obtidos e suas contribuições. 
  2. A apresentação do tema de pesquisa deverá estar conectada ao debate teórico-empírico e aos conhecimentos relativos ao tema,  além de indicar os objetivos e as contribuições dos resultados do trabalho para o campo. Para tanto, é recomendada a apresentação de referencial teórico e revisão de literatura relevantes para a investigação em questão, informando as orientações conceituais, teóricas e metodológicas do trabalho.
  3. A metodologia empregada está diretamente relacionada ao problema apresentado e deve ser capaz de cumprir com os objetivos propostos. A abordagem metodológica utilizada deve estar bem descrita, assim como os procedimentos utilizados para a construção dos dados, seja qualitativos, quantitativos ou mistos, sendo boa prática apresentar reflexão sobre as escolhas realizadas. Assim como a descrição de etapas, de fontes de evidência (participantes, grupos, locais selecionados e outras unidades de análise e materiais que sirvam como fontes de dados), da construção de classificações, além de eventuais mudanças no planejamento e implicações das escolhas e dos ocorridos, conferindo transparência ao trabalho. É essencial, ainda, que critérios éticos da área de estudos sejam contemplados, em especial, no que se refere a pesquisas que envolvam seres humanos, como cuidados com armazenamento de dados, permissão para a coleta e anonimização de fontes.
  4. Com relação à análise e à interpretação dos dados, antes de tudo, é importante deixar explícito o método empregado para cada grupo de dados, por exemplo, regressão linear ou análise do discurso, e a quais perguntas ou objetivos de pesquisa procuram responder. Assim, cabe  discutir como os resultados sustentam as considerações ou conclusões a que se chega o estudo, lançando mão de referencial teórico-empírico para fortalecer a argumentação. A transparência ao reportar resultados também é essencial, por exemplo, ao informar situações que podem gerar enviesamento dos dados e das análises, além de analisar e buscar hipóteses alternativas e perspectivas teórico-empíricas contrainterpretativas. Uma postura de vigilância epistemológica (Bourdieu et al, 2010) pode auxiliar nos cuidados com a seleção dos dados para análise, além de lançar o olhar para as implicações dessa seleção, para as condições de produção do trabalho de pesquisa e dos limites e implicações de escolhas teórico-metodológicas de autores(as). 
  5. Conclusões ou considerações finais compõem a parte final do texto, na qual são retomadas afirmações e argumentações fruto da análise e interpretação dos dados, indicando como tratam o tema de estudo. Além disso, reflete-se sobre como podem fundamentar, (re)elaborar, complementar ou refutar estudos anteriores, sendo propício, também, estabelecer considerações sobre implicações teórico-metodológicas ou práticas do artigo. 
  6. Referências bibliográficas são indicativas do percurso teórico traçado pelo trabalho, além de serem fontes informativas para leitores e outros pesquisadores, sendo necessário que cumpram com critérios estabelecidos pela ABNT. Toda e qualquer obra citada ao longo do texto deve estar contemplada nas referências bibliográficas, desde aquelas apenas mencionadas (como, por exemplo, a Constituição Federal de 1988) até as que contem com trechos de citação indireta ou direta (incluindo, respectivamente, entradas de AUTOR, DATA ou AUTOR, DATA, PÁGINA).

Referências bibliográficas:

AMERICAN EDUCATIONAL RESEARCH ASSOCIATION. Standards for Reporting on Empirical Social Science Research in AERA Publications. Educational Researcher, v.35, n.6, p. 33–40, Aug/Sep. 2006.

BOURDIEU, P., CHAMBOREDON, J., PASSERON, J. Ofício de sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia. Vozes: 2010.

  • Notas técnicas

A RBSP publica Notas Técnicas, reflexões teóricas e empíricas dirigidas a operadores/trabalhadores da área de segurança pública e à formulação de políticas públicas de segurança para o setor. Aqui, valoriza-se experiências acumuladas pelos profissionais da área de segurança pública que possam contribuir na construção de novos padrões de práticas profissionais no campo. Neste tipo de submissão é desejável que o trabalho se constitua em uma reflexão sobre a atividade prática profissional: possibilidades, limites, dilemas e perspectivas, dentre outros aspectos a serem destacados. É indicado observar as recomendações para artigos científicos, na seção sobre artigos, de modo a conferir robustez aos trabalhos.

  • Resenhas

Serão aceitas resenhas de livros publicados primordialmente em português, podendo ser em inglês ou espanhol, há no máximo três anos sobre temas relacionados à segurança pública. As resenhas deverão cumprir com as normas da ABNT, além de: 

  • Conter a referência completa do livro; incluindo número de páginas; conter título em inglês e português de até 50 caracteres com espaços;
  • Serem escritas em português; 
  • Conter entre 2000 e 4000 caracteres; 
  • Incluir resumos em português e inglês, de até 1000 caracteres, em que conste do que se trata a resenha (por exemplo, do que trata a obra selecionada, se a resenha realiza uma revisão crítica, um resumo, se a relaciona à discussão no campo da segurança pública, etc);
  • Incluir referência bibliográfica da obra na abertura do texto;
  • Limitar as notas de rodapé a comentários estritamente necessários. 
  • A RBSP aceita apenas um autor para resenhas, com titulação mínima de mestrado. 

Após análise de conformidade com nossas normas e escopo, todos os manuscritos serão enviados para avaliação às cegas por pares. 

  • Entrevistas

A RBSP publica, excepcionalmente, entrevistas por iniciativa da Comissão Editorial (propostas de entrevistas submetidas pelos autores não são aceitas).

  • Dossiês Temáticos

            A RBSP publica, esporadicamente, dossiês na temática da segurança pública. Até o momento apresentaram-se nove dossiês, a saber:

  • Dossiê: Prevenção da Violência contra Criança na América Latina (vol. 2, 2015);
  • Dossiê: Violência em contexto escolar e escola em contexto violento - Parte I (vol. 1, 2019);
  • Dossiê: Violência em contexto escolar e escola em contexto violento - Parte II (vol. 2, 2019);
  • Dossiê: Violência, polícia e justiça no Brasil - Parte I (vol. 2, 2019);
  • Dossiê: Sentidos de fazer judicial e policial: administração de conflitos e Sistema de Justiça (vol. 1, 2020);
  • Dossiê: Forças Armadas e Segurança Pública na América Latina (vol. 1, 2020);
  • Dossiê: Violência, polícia e justiça no Brasil - Parte 2 (vol. 2, 2020).
  • Dossiê: A formação dos profissionais de segurança pública (v.16 n.1, 2022)
  • Dossiê: COVID-19 e Segurança Pública no Brasil (v.16 n.2 , 2022) 

Almejando adequar a Revista aos Critérios de Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a política editorial foi alterada. A Revista:

  • Avaliar os artigos através do sistema Double-Blind Peer Review. Este mecanismo assegura a isenção do avaliador e apoia a avaliação aos critérios de qualidade da comunidade académica;
  • Garante o anonimato do autor e dos avaliadores no fluxo do processo editorial, regulado pelo nosso Código de Ética;
  • Enfatiza os artigos escritos por autores que estão ligados em instituições fora do estado de São Paulo, visando a exogeneidade;
  • Publicações semestrais, desde 2009;
  • Todo o conteúdo é gratuito para o público. As edições, desde 2007, estão disponíveis no website da Revista;
  • As mensagens enviadas pelos editores, nas submissões, que não sejam respondidas em 30 dias pelos autores, serão excluídas do sistema da Revista;
  • O prazo para a primeira avaliação é de 80 (oitenta) dias;
  • A respectiva publicação demora cerca de 18 (dezoito) meses a ser publicada. 

Periodicidade

As edições da Revista Brasileira de Segurança Pública são publicadas nos meses de Fevereiro/Março e Agosto/Setembro de cada ano. 

Diretriz Editorial 

A Revista Brasileira de Segurança Pública publica artigos científicos, entrevistas, notas técnicas e dossiês temáticos sobre segurança pública. Visando a interdisciplinaridade, a Revista também aceita artigos de antropologia, economia, história, sociologia e outras áreas das ciências sociais e ciências sociais aplicadas que discutam sobre segurança pública. Esperamos que os artigos sejam críticos, com novas perspectivas e abordagens. 

Ligada ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entidade não governamental, apartidária e sem fins lucrativos, a Revista Brasileira de Segurança Pública é composta por um Conselho Editorial autônomo, que a gere e visa uma excelência acadêmica. 

Acervo

Todos os artigos publicados são mantidos em um arquivo Dropbox e no Google Drive da Revista para garantir a preservação da pesquisa, sendo acessado e atualizado apenas pela equipe editorial. O arquivamento realizado ocorre a partir do momento em que as versões dos respectivos trabalhos submetidos são aprovados. Além disso, todos os arquivos e documentações relacionados à Revista são mantidos em um HD externo para manter a memória e o histórico da RBSP. As primeiras edições desta Revista são impressas e estão devidamente arquivadas.

A Revista Brasileira de Segurança Pública também realiza o arquivamento de seus trabalhos publicados e edições por meio das licenças LOCKSS e CLOKSS que estão Habilitadas para armazenar e distribuir o conteúdo do periódico nas bibliotecas participantes.

Fontes de Financiamento

As atividades realizadas pela Revista Brasileira de Segurança Pública são inteiramente financiadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Acesso Aberto

Esta revista é acessível a todos, indicando que os usuários e suas instituições podem acessar todo o conteúdo sem nenhum custo. Os usuários têm a permissão para ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou link para os textos completos dos artigos, ou utilizá-los para qualquer propósito legal, sem exigir qualquer permissão prévia do autor ou da editora.

Taxas e encargos

Não são cobrados taxas ou encargos sob os autores que desejam submeter seus trabalhos para a publiçãna Revista Brasileira de Segurança Pública. Isso significa que ademais da ausência de taxas iniciais para a publicação, em nenhum momento do processo editorial serão cobrados valores referentes aos textos a serem publicados. Todos os custos sobre o processo editorial, checagem de similaridade, revisão dos textos, editoração, publicação e divulgação são arcados pela Revista.