A Fênix Tupiniquim: as (re)invenções da Polícia Militar (1809-1936)
DOI:
https://doi.org/10.31060/rbsp.2021.v15.n1.1198Palavras-chave:
História das instituições. Segurança Pública. Polícia Militar. Exército Brasileiro.Resumo
Tendo como tema a história das Polícias Militares brasileiras, a partir do estudo das ligações entre a história do Exército Brasileiro (EB), da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) e da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), o presente artigo questiona história oficial sobre a fundação dessas corporações no século XIX e o senso comum de que foram criadas durante o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985). O estudo faz uso da noção de processos históricos de Thompson e da ideia de longa duração da Braudel. Para tal, foram analisados diversos tipos de fontes que evidenciaram o processo histórico de formação dessas corporações, suas imbricações com a história do EB e as permanências e mudanças ao longo dos anos. O artigo conclui que as corporações criadas no século XIX para o serviço de policiamento na Corte e na cidade de São Paulo, marcadas por atuações truculentas, após a Revolução de 1930, aliaram-se a alguns oficiais do EB e, como uma espécie de fênix, reinventaram-se visando sobreviverem à extinção iminente. Com isso, durante a era Vargas, transformaram-se em um novo tipo de corporação: a Polícia Militar, força reserva e auxiliar do EB. Esse resultado demonstrou como determinadas instituições sobrevivem ao processo histórico, por meio de mecanismos como a adaptação e a reinvenção.
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Copyright (c) 2021 Samuel Robes Loureiro

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