A “PIRATARIA FLUVIAL” NA AMAZÔNIA
Rastros para a Segurança Pública Fluvial
DOI:
https://doi.org/10.31060/rbsp.2025.v19.n1.1984Palavras-chave:
Embarcações, Ribeirinhos, Roubo, PolíciaResumo
Objetiva-se caracterizar os crimes de roubo a bordo de embarcação, de residências e estabelecimentos comerciais ribeirinhos (“pirataria”), ocorridos no período de janeiro de 2017 a outubro de 2021, no estado do Pará. Optou-se por uma pesquisa documental, a partir de dados fornecidos pelos órgãos responsáveis, os quais são analisados por meio de estatística descritiva, em que se consideram os crimes de roubo praticados em embarcações, estabelecimentos ou residências ribeirinhas. São analisados 689 boletins de ocorrência de crimes praticados em embarcações, estabelecimentos ou residências ribeirinhas, de 2017 a 2021. Os resultados mostram que 92,30% dos crimes ocorreram em embarcações; 6,39% foram em residências e 1,31% aconteceram em estabelecimentos ribeirinhos, sendo que apenas 7% de inquéritos foram investigados pela polícia civil. Sugere-se a criação de um boletim de ocorrência voltado para a realidade fluvial, constando variáveis capazes de definir melhor o local do crime, imagens de residências, estabelecimentos comerciais ribeirinhos, tipo de carga roubadas mais comuns nas embarcações e outros.
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