Filtragem racial:
a cor na seleção do suspeito
DOI:
https://doi.org/10.31060/rbsp.2008.v2.n1.31Palavras-chave:
Racismo institucional, Racismo, Discriminação racial.Resumo
Compondo estudo detalhado sobre discriminação racial na abordagem policial, este artigo tem por objetivo verificar emque medida a cor da pele constitui fator de suspeição, bem como identificar se os policiais têm a percepção da práticado racismo institucional. Para tanto, foi montado um banco de dados a partir da aplicação de questionários e da análisede boletins de ocorrências de sete unidades da Polícia Militar de Pernambuco. Como resultado, verificou-se que 65,05%dos profissionais percebem que os pretos e pardos são priorizados nas abordagens, o que corrobora as percepções dosalunos do Curso de Formação de Oficiais e do Curso de Formação de Soldados, com 76,9% e 74%, respectivamente.
Downloads
Referências
AMAR, Paul. Táticas e termos da luta contra o racismo institucional nos setores de polícia e de segurança. In: RAMOS, S.; MUSUMECI, L. Elemento suspeito: abordagem policial e discriminação na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005, p. 229-281.
BALESTRERI, Ricardo Brisolla. Direitos humanos: coisa de polícia. 3 ed. Passo Fundo: Edições Capec, 2003.
BARROS, Geová da Silva. Racismo institucional: a cor da pele como principal fator de suspeição. Dissertação (Mestrado em Ciência Política). Recife, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, 2006.
CIIIP – Centro Internacional de Investigação e Informação para a Paz. O estado de paz e a evolução da violência: a situação da América Latina. Universidade para a Paz das Nações Unidas. Tradução: Maria Dolores Prades. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, 2002.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Tradução: Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, v. 2, 1993.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo.Classes, raças e democracia. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo; Ed. 34, 2002.
HASENBALG, Carlos Alfredo. Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. Tradução: Patrick Burglin. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
HASENBALG, Carlos Alfredo. Entre o mito e os fatos: racismo e relações raciais no Brasil. In: MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura (Orgs. ). Raça, ciência e sociedade. Rio de janeiro: Fiocruz/CCBB, 1996, p. 235-249.
HASENBALG, Carlos Alfredo.; SILVA, Nelson do Valle. Nota sobre desigualdade racial e política no Brasil. In: HASENBALG, C. A.; SILVA, Nelson do Valle; LIMA, Márcia (Orgs.). Cor e estratificação social. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 1999, p. 34-59.Filtragem racial: a cor na seleção do suspeitoGeová da Silva Barros
HASENBALG, Carlos Alfredo; SILVA, Nelson do Valle. Educação e dife-renças raciais na mobilidade ocupacional no Brasil. In: HASENBALG, Carlos Alfredo; SILVA, Nelson do Valle; LIMA, Márcia (Orgs). Cor e estratificação social. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 1999, p. 217-230.
HASENBALG, Carlos Alfredo. Perspectivas sobre raça e classe no Brasil. In: HASENBALG, Carlos Alredo; SILVA, Nelson do Valle; LIMA, Márcia (Orgs.). Cor e estratificação social. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 1999, p. 7-33.
HASENBALG, Carlos Alfredo. A distribuição de recursos familiares. In: HASENBALG, Carlos Alfredo; SILVA, Nelson do Valle (Orgs.). Origens e destinos: desigualdades sociais ao longo da vida. Rio de Janeiro: Topbooks, 2003, p. 55-83.
MARIANO, Benedito Domingos. Por um novo modelo de polícia no Brasil: a inclusão dos municípios no sistema de segurança pública. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.
MONJARDET, Dominique. O que faz a polícia: sociologia da força pública. Tradução de: Mary Amazonas Leite de Barros. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. 1979.
NOGUEIRA, R. M.; MATOS, W. G. O retrato falado do suspeito. In: QUINTAS, Fátima (Org.). O negro: identidade e cidadania. Anais do IV Congresso Afrobrasileiro.Recife: Fundaj, Ed. Massangana, v. 2, 1995, p. 186-203.
PAIXÃO, Marcelo. Antropofagia e racismo: uma crítica ao modelo brasileiro de relações raciais. In: RAMOS, Sílvia; MUSUMECI, Leonarda. Elemento suspeito: abordagem policial e discriminação na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005, p. 283-318.
PIRES, Maria de Fátima Novaes. O crime na cor: escravos e forros no alto sertão da Bahia (1830-1888). São Paulo: Annablume, 2003.
RAMOS, Silvia; MUSUMECI, Leonarda. Elemento suspeito: abordagem policial e discriminação na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
SAMPAIO, E. O . Racismo institucional: desenvolvimento social e políticas públicas de caráter afirmativo no Brasi. Revista Internacional de Desenvolvimento Local, v. 4 , n. 6, p. 77-83, mar. 2003.
SANTOS, Hélio. A busca de um caminho para o Brasil. A trilha do círculo vicioso. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2001.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Racismo no Brasil. São Paulo: Publifolha, 2001.
SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. Tradução de: Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Revista Brasileira de Segurança Pública

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Licenciamento
A Revista Brasileira de Segurança Pública usa a Licença Creative Commons como forma de licenciamento para suas obras publicadas. A licença utilizada segue o modelo CC BY 4.0 - Attribution 4.0 International.
Para consultar os dirietos permitidos direcione-se para a licença completa ou para a nossa página de Direitos dos autores e Licenças.