A polícia prende, mas a Justiça solta
DOI:
https://doi.org/10.31060/rbsp.2011.v5.n1.86Palavras-chave:
Violência, Criminalidade, Sistema judicial, Reincidência, ImpunidadeResumo
Diante do aumento das taxas de criminalidade, a sociedade brasileira apela para o poder repressivo do Estado e para aprisão como solução dos males causados pela escalada do crime e da violência. A sociedade quer paz e, ingenuamente,acredita que a polícia é a única instituição responsável por ela. Por sua vez, policiais se defendem alegando que fazem otrabalho que lhes é prescrito prendendo os criminosos, mas que, lamentavelmente, “a polícia prende, mas a justiça solta”.Promotores e juízes das varas criminais reclamam da saturação do sistema carcerário, da legislação e do trabalho da polícia.Assim, o jargão em tela sugere vários questionamentos. Trata-se de uma realidade ou de um mito para eximir o trabalhoda polícia e colocar a “culpa” no sistema judiciário? Qual é o papel das Polícias Civil e Militar nesse contexto? Qual é aparticipação dos promotores e juízes? Como e por que tantos presos são postos em liberdade? Quem são esses presos? Comoé possível combater a impunidade? O presente artigo pretende refletir sobre essas perguntas.Downloads
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