Revisão sistemática dos indicadores de eficácia em bancos de DNA Forenses

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31060/rbsp.2023.v17.n1.1527

Palavras-chave:

Banco de DNA, Eficácia, Desempenho, Administração Pública, Revisão Sistemática

Resumo

O objetivo deste artigo é identificar na literatura como a eficácia tem sido medida em bancos de DNA forenses. O método utilizado foi a revisão sistemática de artigos empíricos e artigos de revisão, entre os anos de 1997 e 2020. Os resultados demonstram que a eficácia dos bancos de DNA tem sido medida por diferentes indicadores, a depender do nível de análise, sendo eles a quantidade de: matches, hits, investigações auxiliadas, casos resolvidos, indivíduos presos ou condenados. A relevância desta pesquisa deve-se à necessidade de estabelecer as variáveis que estão relacionadas ao processo de confronto genético, e como elas podem contribuir para a construção de modelos inferenciais de análise. Contudo, é preciso um exame além do âmbito de investigação, de forma que sejam acompanhados os casos a partir de seu registro até o trânsito em julgado no processo judicial, permitindo critérios mais acurados na avaliação dos serviços públicos relacionados. Para isso, é necessária estrutura informacional integrada. Com essa revisão sistemática e proposição de uma agenda de pesquisa, contribui-se para o tema investigado, à luz da Administração Pública e, mais especificamente, da Administração da Justiça.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mara Célia Ferreira Ataide, Universidade Federal de Goiás

Mestre em Administração (2021) e Bacharel em Administração (2016), ambos pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente é Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Administração, UFG.

Marcos de Moraes Sousa, Universidade Federal de Goiás e Instituto Federal Goiano

Pós-doutorado na Universidade de Berna, no Kompetenzzentrum für Public Management (KPM). Doutor em Administração pela Universidade de Brasília-UnB (2015). Professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Goiás - PPGADM/UFG e no Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica ProfEPT. É membro do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas ao Setor Público - CEPASP da FACE/UFG.

Referências

AMANKWAA, A. O. Forensic DNA retention: Public perspective studies in the United Kingdom and around the world. Science & Justice, v. 58, n. 6, p. 455-464, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j. scijus.2018.05.002.

AMANKWAA, A. O.; MCCARTNEY, C. The UK National DNA Database: Implementation of the Protection of Freedoms Act 2012. Forensic Science International, v. 284, p. 117-128, 2018. DOI: https://doi. org/10.1016/j.forsciint.2017.12.041.

AMANKWAA, A. O.; MCCARTNEY, C. The effectiveness of the UK National DNA database. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p. 45-55, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2019.03.004.

BASTO, L. E. P.; NEVES, O. H. S.; PEREIRA, P. R.; COSTA, R. S.; LAREIRO, V. P. Organizações públicas brasileiras: a busca da eficiência, da eficácia ou da efetividade?. Revista de Administração Pública, v. 27, n. 4, p. 142-146, maio 1993. ISSN 1982-3134.

BELL, C. Concepts and possibilities in forensic intelligence. Forensic Science International, v. 162, n. 1-3, p. 38-43, 2006. DOI: https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2006.06.030.

BIEBER, F. R. Turning base hits into earned runs: Improving the effectiveness of forensic DNA data bank programs. Journal of Law, Medicine and Ethics, v. 34, n. 2, p. 222-233, 2006. DOI: https://doi. org/10.1111/j.1748-720X.2006.00029.x.

BITTENCOURT, E. A.; IWAMURA, E. S. M. Brazilian DNA database – Establishment, legislation and accreditation. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 7, n. 1, p. 422-423, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2019.10.036.

BOONDERM, N.; SURIYANRATAKORN, D.; WONGVORAVIVAT, C.; SANGPUENG, S.; NETTAKUL, A.; WAIYAWUTH, W. Effectiveness of CIFS DNA database in Thailand. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 6, p. e585-e586, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j. fsigss.2017.09.220.

BRUENISHOLZ, E.; VANDENBERG, N.; BROWN, C.; WILSON-WILDE, L. Benchmarking forensic volume crime performance in Australia between 2011 and 2015. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p 86-94, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2019.05.001.

BURROWS, J.; TARLING, R. Measuring the impact of forensic science in detecting burglary and autocrime offenses. Science & Justice, v. 44, n. 4, p. 217-222, 2004. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S1355- 0306(04)71721-9.

CARVALHO, N. R.; ARÃO, G. O. L.; LIMA, Y. A. R.; GODINHO, N. M. O.; MOTA, M. F.; GIGONZAG, T. C. V. The contribution of DNA databases for stored sexual crimes evidences in the central of Brazil. Forensic Science International: Genetics, v. 46, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigen.2020.102235.

COSTA, F. L.; CASTANHAR, J. C. Avaliação de programas públicos: desafios conceituais e metodológicos. Revista de Administração Pública, v. 37, n. 5, p. 969-992, jan. 2003.

CROUSE, C. A.; BAUER, L.; SESSA, T.; LOOPER, A.; SIKORSKY, J.; YEATMAN, D. T. Combined DNA Index System (CODIS) – Based analysis of untested sexual assault evidence in Palm Beach County Florida. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p. 253-270, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j. fsisyn.2019.09.005.

DAVIS, R. C.; WELLS, W. DNA testing in sexual assault cases: When do the benefits outweigh the costs?. Forensic Science International, v. 299, p. 44-48, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j. forsciint.2019.03.031.

FEDERAL BUREAU OF INVESTIGATION – FBI. Combined DNA Index System (CODIS). 2020.

FERREIRA, S. T. G.; PAULA, K. A.; MAIA, F. A.; SVIDZINSKI, A. E.; AMARAL, M. R.; DINIZ, S. A.; SIQUEIRA, M. E.; MORAES, A. V. The use of DNA database of biological evidence from sexual assaults in criminal investigations: A successful experience in Brasilia, Brazil. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 5, n. 1, p. e595-e597, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2015.09.235.

FONSECA, J. A.; PEREIRA, L. Z.; GONCALVES, C. A. Retórica na construção de realidades na segurança pública: abordagens dos sistemas de Minas Gerais e São Paulo. Revista de Administração Pública, v. 49, n. 2, p. 395- 422, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7612127741.

GABRIEL, M.; BOLAND, C.; HOLT, C. Beyond the cold hit: Measuring the impact of the national DNA data bank on public safety at the city and county level. Journal of Law, Medicine and Ethics, v. 38, n. 2, p. 396- 411, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1748-720X.2010.00498.x

GILL, P.; HANED, H.; BLEKA, O.; HANSSON, O.; DØRUM, G.; EGELAND T. Genotyping and interpretation of STR-DNA: Low-template, mixtures and database matches –Twenty years of research and development. Forensic Science International: Genetics, v. 18, p. 100-117, 2015. DOI: https://doi. org/10.1016/j.fsigen.2015.03.014.

GRANT, M. J.; BOOTH. A. A typology of reviews: an analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Information and Libraries Journal, v. 26, n. 2, p. 91-108, 2009. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1471-1842.2009.00848.x.

HOUSE, J. C.; CULLEN, R. M.; SNOOK, B.; NOBLE, P. Improving the effectiveness of the national DNA data bank: A consideration of the criminal antecedents of predatory sexual offenders. Canadian Journal of Criminology and Criminal Justice, v. 48, n. 1, p. 61-75, 2006. DOI: https://doi.org/10.3138/cjccj.48.1.61.

INTERNATIONAL CRIMINAL POLICE ORGANIZATION – INTERPOL. Interpol handbook on DNA data exchange and practice: recommendations from the Interpol DNA monitoring expert group. 2 ed. França: Interpol, 2009.

INTERNATIONAL CRIMINAL POLICE ORGANIZATION – INTERPOL. Global DNA profiling survey results. França: Interpol, 2019.

LOCARNO, L.; CORRADI, D.; MARINO, M. Start-up of the criminal genetic database in Mendoza, Argentina. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 7, n. 1, p. 100-102, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2019.09.039.

MAGUIRE, C. N.; HOPE, C. A. DNA automation, expert systems, quality and productivity: the benefits to the FSS, the police forces and the community. International Journal of Productivity and Quality Management, v. 1, n. 4, p. 397-410, 2006. DOI: https://doi.org/10.1504/IJPQM.2006.009094.

MARCOVITCH, J. Eficiência e eficácia organizacional na instituição de pesquisa aplicada. Revista de Administração Pública, v. 13, n. 1, p. 69-79, mar. 1979.

MARTIN, P. D.; SCHMITTER, H.; SCHNEIDER, P. M. A brief history of the formation of DNA databases in forensic science within Europe. Forensic Science International, v. 119, n. 2, p. 225-231, 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0379-0738(00)00436-9.

MENNELL, J.; SHAW, I. The Future of Forensic and Crime Scene Science: Part I. A UK forensic science user and provider perspective. Forensic Science International, v. 157, suppl., p. S7-S12, 2006. DOI: https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2005.12.022.

MINERVINO, A. C.; SILVA JR., R. C.; MOTA, M. F.; MATTE, C. H. F.; KOSHIKENE, D.; OLIVEIRA, J. P. S. C.; HESSAB, T.; TRINDADE, B. R.; JACQUES, G. S.; FERREIRA, S. T. G.; LIMA, E. A.; FELIPE, C. C. Increasing convicted offender genetic profiles in the Brazilian National DNA Database – Legislation, projects and perspectives. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 7, n. 1, p. 575-577, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2019.10.095.

REDE INTEGRADA DE BANCOS DE PERFIS GENÉTICOS – RIBPG. Manual de Procedimentos Operacionais da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. versão 4. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública; Comitê Gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, 2019.

RODRIGUES, C. V.; TOLEDO, J. C. Um método para medição de desempenho do serviço público de Perícia Criminal com base no valor. Gestão & Produção, v. 24, n. 3, p. 538-556, 2017. DOI: http://dx.doi. org/10.1590/0104-530X2137-16.

SANTOS, F.; MACHADO, H. Patterns of exchange of forensic DNA data in the European Union through the Prüm system. Science & Justice, v. 57, n. 4, p. 307-313, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j. scijus.2017.04.001.

SEABRA, S. N. A nova administração pública e mudanças organizacionais. Revista de Administração Pública, v. 35, n. 4, p. 19-43, jan. 2001.

STRUYF, P.; DE MOOR, S.; VANDEVIVER, C.; RENARD, B.; BEKEN, T. V. The effectiveness of DNA databases in relation to their purpose and content: A systematic review. Forensic Science International, v. 301, p. 371-381, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2019.05.052.

WALSH, S. J.; CURRAN, J. M.; BUCKLETON, J. S. Modeling forensic DNA database performance. Journal of Forensic Sciences, v. 55, n. 5, p. 1174-1183, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1556- 4029.2010.01426.x.

WERRETT, D. J. The National DNA Database. Forensic Science International, v. 88, n. 1, p. 33-42, 1997. DOI: https://doi.org/10.1016/S0379-0738(97)00081-9.

WICKENHEISER, R. A. Forensic genealogy, bioethics and the Golden State Killer case. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p. 114-125, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2019.07.003.

Publicado

14-02-2023

Como Citar

FERREIRA ATAIDE, Mara Célia; DE MORAES SOUSA, Marcos. Revisão sistemática dos indicadores de eficácia em bancos de DNA Forenses. Revista Brasileira de Segurança Pública, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 166–187, 2023. DOI: 10.31060/rbsp.2023.v17.n1.1527. Disponível em: https://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/view/1527. Acesso em: 25 abr. 2024.