Revisão sistemática dos indicadores de eficácia em bancos de DNA Forenses
DOI:
https://doi.org/10.31060/rbsp.2023.v17.n1.1527Palavras-chave:
Banco de DNA, Eficácia, Desempenho, Administração Pública, Revisão SistemáticaResumo
O objetivo deste artigo é identificar na literatura como a eficácia tem sido medida em bancos de DNA forenses. O método utilizado foi a revisão sistemática de artigos empíricos e artigos de revisão, entre os anos de 1997 e 2020. Os resultados demonstram que a eficácia dos bancos de DNA tem sido medida por diferentes indicadores, a depender do nível de análise, sendo eles a quantidade de: matches, hits, investigações auxiliadas, casos resolvidos, indivíduos presos ou condenados. A relevância desta pesquisa deve-se à necessidade de estabelecer as variáveis que estão relacionadas ao processo de confronto genético, e como elas podem contribuir para a construção de modelos inferenciais de análise. Contudo, é preciso um exame além do âmbito de investigação, de forma que sejam acompanhados os casos a partir de seu registro até o trânsito em julgado no processo judicial, permitindo critérios mais acurados na avaliação dos serviços públicos relacionados. Para isso, é necessária estrutura informacional integrada. Com essa revisão sistemática e proposição de uma agenda de pesquisa, contribui-se para o tema investigado, à luz da Administração Pública e, mais especificamente, da Administração da Justiça.
Downloads
Referências
AMANKWAA, A. O. Forensic DNA retention: Public perspective studies in the United Kingdom and around the world. Science & Justice, v. 58, n. 6, p. 455-464, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j. scijus.2018.05.002.
AMANKWAA, A. O.; MCCARTNEY, C. The UK National DNA Database: Implementation of the Protection of Freedoms Act 2012. Forensic Science International, v. 284, p. 117-128, 2018. DOI: https://doi. org/10.1016/j.forsciint.2017.12.041.
AMANKWAA, A. O.; MCCARTNEY, C. The effectiveness of the UK National DNA database. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p. 45-55, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2019.03.004.
BASTO, L. E. P.; NEVES, O. H. S.; PEREIRA, P. R.; COSTA, R. S.; LAREIRO, V. P. Organizações públicas brasileiras: a busca da eficiência, da eficácia ou da efetividade?. Revista de Administração Pública, v. 27, n. 4, p. 142-146, maio 1993. ISSN 1982-3134.
BELL, C. Concepts and possibilities in forensic intelligence. Forensic Science International, v. 162, n. 1-3, p. 38-43, 2006. DOI: https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2006.06.030.
BIEBER, F. R. Turning base hits into earned runs: Improving the effectiveness of forensic DNA data bank programs. Journal of Law, Medicine and Ethics, v. 34, n. 2, p. 222-233, 2006. DOI: https://doi. org/10.1111/j.1748-720X.2006.00029.x.
BITTENCOURT, E. A.; IWAMURA, E. S. M. Brazilian DNA database – Establishment, legislation and accreditation. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 7, n. 1, p. 422-423, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2019.10.036.
BOONDERM, N.; SURIYANRATAKORN, D.; WONGVORAVIVAT, C.; SANGPUENG, S.; NETTAKUL, A.; WAIYAWUTH, W. Effectiveness of CIFS DNA database in Thailand. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 6, p. e585-e586, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j. fsigss.2017.09.220.
BRUENISHOLZ, E.; VANDENBERG, N.; BROWN, C.; WILSON-WILDE, L. Benchmarking forensic volume crime performance in Australia between 2011 and 2015. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p 86-94, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2019.05.001.
BURROWS, J.; TARLING, R. Measuring the impact of forensic science in detecting burglary and autocrime offenses. Science & Justice, v. 44, n. 4, p. 217-222, 2004. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S1355- 0306(04)71721-9.
CARVALHO, N. R.; ARÃO, G. O. L.; LIMA, Y. A. R.; GODINHO, N. M. O.; MOTA, M. F.; GIGONZAG, T. C. V. The contribution of DNA databases for stored sexual crimes evidences in the central of Brazil. Forensic Science International: Genetics, v. 46, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigen.2020.102235.
COSTA, F. L.; CASTANHAR, J. C. Avaliação de programas públicos: desafios conceituais e metodológicos. Revista de Administração Pública, v. 37, n. 5, p. 969-992, jan. 2003.
CROUSE, C. A.; BAUER, L.; SESSA, T.; LOOPER, A.; SIKORSKY, J.; YEATMAN, D. T. Combined DNA Index System (CODIS) – Based analysis of untested sexual assault evidence in Palm Beach County Florida. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p. 253-270, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j. fsisyn.2019.09.005.
DAVIS, R. C.; WELLS, W. DNA testing in sexual assault cases: When do the benefits outweigh the costs?. Forensic Science International, v. 299, p. 44-48, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j. forsciint.2019.03.031.
FEDERAL BUREAU OF INVESTIGATION – FBI. Combined DNA Index System (CODIS). 2020.
FERREIRA, S. T. G.; PAULA, K. A.; MAIA, F. A.; SVIDZINSKI, A. E.; AMARAL, M. R.; DINIZ, S. A.; SIQUEIRA, M. E.; MORAES, A. V. The use of DNA database of biological evidence from sexual assaults in criminal investigations: A successful experience in Brasilia, Brazil. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 5, n. 1, p. e595-e597, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2015.09.235.
FONSECA, J. A.; PEREIRA, L. Z.; GONCALVES, C. A. Retórica na construção de realidades na segurança pública: abordagens dos sistemas de Minas Gerais e São Paulo. Revista de Administração Pública, v. 49, n. 2, p. 395- 422, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7612127741.
GABRIEL, M.; BOLAND, C.; HOLT, C. Beyond the cold hit: Measuring the impact of the national DNA data bank on public safety at the city and county level. Journal of Law, Medicine and Ethics, v. 38, n. 2, p. 396- 411, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1748-720X.2010.00498.x
GILL, P.; HANED, H.; BLEKA, O.; HANSSON, O.; DØRUM, G.; EGELAND T. Genotyping and interpretation of STR-DNA: Low-template, mixtures and database matches –Twenty years of research and development. Forensic Science International: Genetics, v. 18, p. 100-117, 2015. DOI: https://doi. org/10.1016/j.fsigen.2015.03.014.
GRANT, M. J.; BOOTH. A. A typology of reviews: an analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Information and Libraries Journal, v. 26, n. 2, p. 91-108, 2009. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1471-1842.2009.00848.x.
HOUSE, J. C.; CULLEN, R. M.; SNOOK, B.; NOBLE, P. Improving the effectiveness of the national DNA data bank: A consideration of the criminal antecedents of predatory sexual offenders. Canadian Journal of Criminology and Criminal Justice, v. 48, n. 1, p. 61-75, 2006. DOI: https://doi.org/10.3138/cjccj.48.1.61.
INTERNATIONAL CRIMINAL POLICE ORGANIZATION – INTERPOL. Interpol handbook on DNA data exchange and practice: recommendations from the Interpol DNA monitoring expert group. 2 ed. França: Interpol, 2009.
INTERNATIONAL CRIMINAL POLICE ORGANIZATION – INTERPOL. Global DNA profiling survey results. França: Interpol, 2019.
LOCARNO, L.; CORRADI, D.; MARINO, M. Start-up of the criminal genetic database in Mendoza, Argentina. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 7, n. 1, p. 100-102, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2019.09.039.
MAGUIRE, C. N.; HOPE, C. A. DNA automation, expert systems, quality and productivity: the benefits to the FSS, the police forces and the community. International Journal of Productivity and Quality Management, v. 1, n. 4, p. 397-410, 2006. DOI: https://doi.org/10.1504/IJPQM.2006.009094.
MARCOVITCH, J. Eficiência e eficácia organizacional na instituição de pesquisa aplicada. Revista de Administração Pública, v. 13, n. 1, p. 69-79, mar. 1979.
MARTIN, P. D.; SCHMITTER, H.; SCHNEIDER, P. M. A brief history of the formation of DNA databases in forensic science within Europe. Forensic Science International, v. 119, n. 2, p. 225-231, 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0379-0738(00)00436-9.
MENNELL, J.; SHAW, I. The Future of Forensic and Crime Scene Science: Part I. A UK forensic science user and provider perspective. Forensic Science International, v. 157, suppl., p. S7-S12, 2006. DOI: https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2005.12.022.
MINERVINO, A. C.; SILVA JR., R. C.; MOTA, M. F.; MATTE, C. H. F.; KOSHIKENE, D.; OLIVEIRA, J. P. S. C.; HESSAB, T.; TRINDADE, B. R.; JACQUES, G. S.; FERREIRA, S. T. G.; LIMA, E. A.; FELIPE, C. C. Increasing convicted offender genetic profiles in the Brazilian National DNA Database – Legislation, projects and perspectives. Forensic Science International: Genetics Supplement Series, v. 7, n. 1, p. 575-577, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsigss.2019.10.095.
REDE INTEGRADA DE BANCOS DE PERFIS GENÉTICOS – RIBPG. Manual de Procedimentos Operacionais da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. versão 4. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública; Comitê Gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, 2019.
RODRIGUES, C. V.; TOLEDO, J. C. Um método para medição de desempenho do serviço público de Perícia Criminal com base no valor. Gestão & Produção, v. 24, n. 3, p. 538-556, 2017. DOI: http://dx.doi. org/10.1590/0104-530X2137-16.
SANTOS, F.; MACHADO, H. Patterns of exchange of forensic DNA data in the European Union through the Prüm system. Science & Justice, v. 57, n. 4, p. 307-313, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j. scijus.2017.04.001.
SEABRA, S. N. A nova administração pública e mudanças organizacionais. Revista de Administração Pública, v. 35, n. 4, p. 19-43, jan. 2001.
STRUYF, P.; DE MOOR, S.; VANDEVIVER, C.; RENARD, B.; BEKEN, T. V. The effectiveness of DNA databases in relation to their purpose and content: A systematic review. Forensic Science International, v. 301, p. 371-381, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2019.05.052.
WALSH, S. J.; CURRAN, J. M.; BUCKLETON, J. S. Modeling forensic DNA database performance. Journal of Forensic Sciences, v. 55, n. 5, p. 1174-1183, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1556- 4029.2010.01426.x.
WERRETT, D. J. The National DNA Database. Forensic Science International, v. 88, n. 1, p. 33-42, 1997. DOI: https://doi.org/10.1016/S0379-0738(97)00081-9.
WICKENHEISER, R. A. Forensic genealogy, bioethics and the Golden State Killer case. Forensic Science International: Synergy, v. 1, p. 114-125, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2019.07.003.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Segurança Pública
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Licenciamento
A Revista Brasileira de Segurança Pública usa a Licença Creative Commons como forma de licenciamento para suas obras publicadas. A licença utilizada segue o modelo CC BY 4.0 - Attribution 4.0 International.
Para consultar os dirietos permitidos direcione-se para a licença completa ou para a nossa página de Direitos dos autores e Licenças.