CATEGORIZING VIOLENT NON-STATE ACTORS
the new cangaço as a criminal hybrid
DOI:
https://doi.org/10.31060/rbsp.2025.v19.n2.2067Keywords:
Violent Non-State Actors, Novo Cangaço, Third Generation Gangs, Criminal Insurgency, TerrorismAbstract
Among the various manifestations of so-called violent non-state actors, the phenomenon known as the Novo Cangaço emerged in Brazil around the 1990s and has now become a national threat. The Novo Cangaço stands out for employing tactics, techniques and procedures characteristic of military forces, demonstrating a high level of training and tactical discipline unusual for ordinary crime. However, how can we categorise the Novo Cangaço in the light of the different manifestations of non-state armed actors? This article proposes a categorisation of the phenomenon in order to correctly identify and classify it. This categorisation is based on the definition of concepts such as Third Generation Gangs, Criminal Insurgency and Terrorism. By reviewing the literature on the concepts mobilized, the article concludes that Novo Cangaço does not fit completely into any of the categories analysed, but is a kind of criminal hybrid.
Downloads
References
AQUINO, Jânia Perla Diógenes de. Atracos a bancos mediante domínio de ciudades pequenas y medianas em Brasil. Espacio Aberto – Cuaderno Venezolano de Sociología, v. 32, n. 2, p. 134-152, 2023. DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.8081743.
AQUINO, Jânia Perla Diógenes de. Violência e performance no chamado ‘novo cangaço’: Cidades sitiadas, uso de explosivos e ataques a polícias em assaltos contra bancos no Brasil. Dilemas – Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 615-643, 2020. DOI: https://doi.org/10.17648/dilemas.v13n3.31668
AYDINLI, Ersel. Tracing vionlent non-state actorhood in global politics: a framework for analysis. In: POSTEL-VINAY, Karoline; GODEHARDT, Nadine (Eds.). Violent non-state actors: from Anarchists to Jihadists. New York: Routledge, 2016, p. 1-26. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315561394
AZEVEDO, Christian Vianna de. Criminal Insurgency in Brazil: the case of Rio de Janeiro: context, confrontation issues and implications for brazilian public security. Small Wars Journal, 22 de janeiro de 2018. Disponível em: https://archive.smallwarsjournal.com/jrnl/art/criminal-insurgency-brazil. Acesso em: 30 jul. 2022.
BARBOSA, Francisco José. Evolução do banditismo moderno e formas de atuação eficazes da Polícia Militar no sertão pernambucano. 130 f. Monografia (Especialização em Gestão da Segurança Pública na Sociedade Democrática) – Universidade Luterana do Brasil, Olinda, 2009.
BARREIRA, César. Crimes por encomenda: violência e pistolagem no cenário brasileiro. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998.
BECKER, Gary Stanley. Crime and Punishment: An Economic Approach. Journal of Political Economy, v. 76, n. 2, p. 169-217, 1968a. DOI: https://doi.org/10.1086/259394
BECKER, Gary Stanley. Crime and punishment: An economic approach. In: FIELDING, Nigel; CLARKE, Alan; WITT, Robert (Eds.). The economic dimensions of crime. Londres: Palgrave Macmillan, 1968b, p. 13-68. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-349-62853-7_2
BORGES, Messias. “Como as gangues se tornaram facções criminosas no Ceará? Assista minidocumentário sobre o tema”. Diário do Nordeste, Segurança, 31 jul. 2023. Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/como-as-gangues-se-tornaram-faccoes-criminosas-no-ceara-assista-minidocumentario-sobre-o-tema-1.3397966. Acesso em: 9 jul. 2025.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei Nº 13.260, de 16 de março de 2016. Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal, disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e reformulando o conceito de organização terrorista; e altera as Leis n º 7.960, de 21 de dezembro de 1989, e 12.850, de 2 de agosto de 2013. Brasília: Diário Oficial da União, seção 1, ed. extra, p. 1 (pub. original), 17 mar. 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13260.htm. Acesso: 7 jan. 2023.
BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei Nº 60, de 2022. Altera o art. 2º da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016, para tipificar o “novo cangaço” como ato de terrorismo. Brasília: Diário do Senado Federal, n. 32, 17 mar. 2022. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/152221. Acesso em: 30 jan. 2023.
COSTA, Carlos André Viana da. “Novo Cangaço” no Pará: A regionalização dos assaltos e seus fatores de incidência. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado em Segurança Pública) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: https://www.ppgsp.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/teses_e_dissertacoes/dissertacoes/2014/201405%20-%20COSTA.pdf. Acesso em: 22 jul. 2022.
CRUZ, Frederico Willian da. Novo cangaço: uma modalidade de crime cada vez mais organizada. Jus, 23 set. 2018. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/69172/novo-cangaco-uma-modalidade-criminosa-cada-vez-mais-organizada. Acesso em: 22 jul. 2022.
DIAS, Camila Nunes; PAIVA, Luiz Fábio. Facções prisionais em dois territórios fronteiriços. Tempo Social, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 217-238, 2022. DOI: 10.11606/0103-2070.ts.2022.191220. DOI: https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2022.191220
FBSP – Fórum Brasileiro De Segurança Pública. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022. Ano 16. São Paulo: FBSP, 2022. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=4. Acesso em: 23 jul. 2022.
FEITOSA, Nabupolasar Alves. Não Existe “Novo Cangaço”. Revista Brasileira de Inteligência, Brasília, v. 17, p. 145-161, 2022. DOI: https://doi.org/10.58960/rbi.2022.17.218. DOI: https://doi.org/10.58960/rbi.2022.17.218
FERREIRA, Marcos Alan. Combate ao terrorismo na América do Sul: uma análise comparada das políticas do Brasil e dos Estados Unidos para a Tríplice Fronteira. Curitiba: Prismas, 2016.
FERREIRA, Marcos Alan; FRAMENTO, Rodrigo de Souza. Atores não estatais violentos transnacionais na América do Sul: um exame dos casos do Primeiro Comando da Capital e da Família do Norte. Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 72-87, 2020. DOI: https://doi.org/10.31060/rbsp.2020.v14.n1.1011
FERREIRA, Marcos Alan; RICHMOND, Oliver. Blockages to peace formation in Latin America: the role of criminal governance. Journal of Intervention and State building, p. 1-20, 2021. DOI: https://doi.org/10.1080/17502977.2021.1878337. DOI: https://doi.org/10.1080/17502977.2021.1878337
HELMKE, Gretchen; LEVITSKY, Steven. Introduction. In: HELMKE, Gretchen; LEVITSKY, Steven. Informal institutions and democracy: lessons from Latin America. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2006, p. 1-41.
HOBSBAWM, Eric. Bandidos. São Paulo: Paz & Terra, 2015.
JÚNIOR, Renato; FERRAÇO, Laurejan. Guerra Federal – Retratos do Combate a Crimes Violentos no Brasil. Brasília: Fundação Biblioteca Nacional (Ministério da Cultura), 2019.
LESSING, Benjamin. Conceptualizing criminal governance. Perspectives on politics, v. 19, n. 3, 2021, p. 854-873, 2021. DOI: https://doi.org/10.1017/S1537592720001243
LILYBLAD, Christopher Marc. Illicit authority and its competitors: the constitution of governance in territories of limited statehood. Territory, Politics, Governance, v. 2, n. 1, p. 72-93, 2014. DOI: https://doi.org/10.1080/21622671.2013.870046
LOPES JÚNIOR, Edmilson. Os cangaceiros viajam de Hilux: as novas faces do crime organizado no interior do Nordeste do Brasil. Cronos, Natal, v. 7, n. 2, p. 353-372, 2006.
MARQUES, Ana Cláudia. Intrigas e questões: vingança de família e tramas sociais no sertão de Pernambuco. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do sol: Violência e banditismo no Nordeste do Brasil. São Paulo: A Girafa, 2011.
MIRANDA, Ana Paula Mendes de; MUNIZ, Jacqueline de Oliveira. Dominio armado: el poder territorial de las facciones, los comandos y las milicias en Río de Janeiro. Revista Voces en el Fenix, v. 68, p. 44-49, 2018.
MORAIS, André Sette Carneiro de. “Novo cangaço”, os crimes contra estabelecimentos bancários: em busca do perfil dos criminosos. 2016. 63 f. Monografia (Especialização em Inteligência Policial e Análise Criminal) – Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.
MORETZSOHN, Eugênio. Novo Cangaço: os Arranjos Produtivos Locais de Inteligência e Segurança (Rede APLIS) são a solução para os pequenos municípios. IDESF, Informação, Artigos, Notícias, 6 jul. 2022. Disponível em: https://www.idesf.org.br/2022/07/06/9744/. Acesso em: 25 jul. 2022.
NOBRE, Fábio Rodrigo Ferreira; FERREIRA, Daniel do Nascimento. Atores não estatais violentos e instituições informais no Brasil (2008-2018). Revista Brasileira de Estudos de Defesa, [s.l.], v. 8, n. 2, 2021, p. 127-151. DOI: https://doi.org/10.26792/rbed.v8n2.2021.75259
NUNES, Paulo Henrique Faria. Terrorismo no Brasil: análise crítica do quadro normativo e institucional. Revista de la Facultad de Derecho, v. 42, p. 43-69, 2017.
ORTIZ, Román. Terrorism, Insurgency, and Criminal Insurgency in Latin America. In: SHEEHAN, Michael; MARQUARDT, Erich; COLLINS, Liam. Routledge Handbook of U.S. Counterterrorism and Irregular Warfare Operations. London; New York: Routledge, 2022, p. 159-172. DOI: https://doi.org/10.4324/9781003164500-14
PAIVA, Luiz Fabio Silva. O domínio das facções nas periferias de Fortaleza-CE. Revista TOMO, São Cristóvão, v. 40, n. 87, 2022. DOI: https://doi.org/10.21669/tomo.vi40.16711. DOI: https://doi.org/10.21669/tomo.vi40.16711
PAOLI, Letizia. The Oxford Handbook of Organized Crime. New York: Oxford University Press, 2014. DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199730445.001.0001
PIMENTA, Marília Carolina Souza; SUAREZ, Marcial Alécio Garcia; FERREIRA, Marcos Alan. Hybrid governance as a dynamic hub for violent non-state actors: examining the case of Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 64, n. 2, p. 1-21, 2021 DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7329202100207
POLETTO, Ricardo dos Santos. Terrorismo e contra-terrorismo na América do Sul: as políticas de segurança de Argentina, Colômbia e Peru. 2009. 217 f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – Instituto de Relações Internacionais, Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
PONTES, Rafael Araújo de; FRANÇA, Fábio Gomes de. Novo Cangaço?: reflexões sobre a lógica criminal dos assaltos a banco no Brasil. In: FRANÇA, Fábio Gomes de (Org.). Pesquisas em Segurança Pública. João Pessoa: Ideia, 2020, p. 28-45.
RODRIGUES, Ricardo Matias. Do novo cangaço ao domínio de cidades. Alpha Bravo Brasil, 20 jun. 2018. Disponível em: https://www.alphabravobrasil.com.br/do-novo-cangaco-ao-dominio-de-cidades/. Acesso em: 23 jul. 2022.
ROGERS, Paul. Terrorism. In: WILLIAMS, Paul. (Ed.). Security Studies: an introduction. Oxford: Routledge, 2013, p. 221-234.
ROTBERG, Robert. Failed states, collapsed states, weak states: causes and indicators. In: ROTBERG, Robert. State failure and state weakness in a time of terror. Cambridge: The World Peace Foundation, 2003, p. 1-25.
SILVA, Luiz Antônio Machado da. Sociabilidade violenta: por uma interpretação da criminalidade contemporânea no Brasil urbano. Sociedade e Estado, Brasília, v. 19, n. 1, p. 53-84, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922004000100004
SODRÉ, Ronaldo Barros. O novo cangaço no Maranhão. Confins – Revista Franco-brasileira de Geografia, v. 37, 2018. DOI: https://doi.org/10.4000/confins.15811
SPEAR, Joanna. Counterinsurgency. In: WILLIAMS, Paul. (Ed.). Security Studies: an introduction. Oxford: Routledge, 2013, p. 471-785.
SULLIVAN, John; CRUZ, José de Arimatéia da; BUNKER, Robert. Third Generation Gangs Strategic Note No. 48: “Novo Cangaço” Style Urban Raid in Guarapuava, Paraná (PR), Brazil. Small Wars Journal, 5 set. 2022. Disponível em: https://smallwarsjournal.com/jrnl/art/third-generation-gangs-strategic-note-no-48-novo-cangaco-style-urban-raid-guarapuava. Acesso em: 30 jan. 2023.
SULLIVAN, John; BUNKER, Robert. Third Generation Gang Studies: an introduction. Journal of Gang Research, v. 14, n. 4, p. 1-10, 2007.
SULLIVAN, John. Criminal Insurgency: narcocultura, social banditry, and information operations. Small Wars Journal, 3 dez. 2012a. Disponível em: https://archive.smallwarsjournal.com/jrnl/art/criminal-insurgency-narcocultura-social-banditry-and-information-operations. Acesso em: 30 jul. 2022.
SULLIVAN, John. From Drug Wars to Criminal Insurgency: Mexican Cartels, Criminal Enclaves and Criminal Insurgency in Mexico and Central America. Implications for Global Security. Fondation Maison des Sciences de l’Homme, v. 9, p. 1-20, 2012b.
SULLIVAN, John. Insurgencia Criminal en las Américas. Small Wars Journal, 27 mar. 2011. Disponível em: https://archive.smallwarsjournal.com/blog/journal/docs-temp/718-sullivan.pdf. Acesso em: 29 jul. 2022.
SULLIVAN, John. Third Generation Gangs: Turf, Cartels and Net Warriors. Transnational Organized Crime, v. 3, n. 3, p. 95-108, 1997.
UCHÔA, Romildson Farias. Ataques às bases de transportes de valores: um crime comum no Brasil?. Federação Nacional dos Policiais Federais – FENAPEF, 25 abr. 2017. Disponível em: https://fenapef.org.br/ataques-as-bases-de-transporte-de-valores-um-crime-comum-no-brasil/. Acesso em: 24 jul. 2022.
UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime. Prevenção ao Crime e Justiça Criminal. UNODC, sem data. Disponível em: https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/crime/index.html. Acesso em: 28 jul. 2022.
UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime. United Nations Convention Against Transnational Crime and the Protocols Thereto. New York: United Nations, 2000. Disponível em: https://www.unodc.org/documents/middleeastandnorthafrica/organised-crime/UNITED_NATIONS_CONVENTION_AGAINST_TRANSNATIONAL_ORGANIZED_CRIME_AND_THE_PROTOCOLS_THERETO.pdf. Acesso em: 13 jul. 2022.
VICENTE, Rafael. Crime Organizado e a Atividade de Inteligência da Polícia Militar de Santa Catarina. Florianópolis, 2017.
VILLA, Rafael Duarte; BRAGA, Camila de Macedo Braga; FERREIRA, Marcos Alan. Violent nonstate actors and the emergence of hybrid governance in South America. Latin American Research Review, v. 56, n. 1, p. 36-49, 2021. DOI: https://doi.org/10.25222/larr.756
VILLELA, Jorge Mattar. O povo em armas: Violência e política no sertão de Pernambuco. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004.
VISACRO, Alessandro. Guerra Irregular: terrorismo, guerrilha e movimentos de resistência ao longo da história. São Paulo: Contexto, 2009.
VON DER HEYDTE, Friedrich August Freiherr. A guerra irregular moderna em políticas de defesa e como fenômeno militar. Rio de Janeiro: Bibliex, 1990.
WEBER, Max. Política como vocação. In: WEBER, Max. Ciência e Política, duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 53-124.
WILLIAMS, Phil. Violent non-state actors and national and international security. International Relations and Security Network, v. 25, p. 1-21, 2008.
WILLIAMS, Phil. Transnational Organized Crime. In: WILLIAMS, Paul D. Security Studies: an introduction, Oxford: Routledge, 2013, p. 503-519. DOI: https://doi.org/10.4324/9781003247821-36
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Revista Brasileira de Segurança Pública

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Licensing
The Brazilian Journal of Public Security uses the Creative Commons License as a form of licensing for its published works. The license used follows the CC BY 4.0 - Attribution 4.0 International model.
To see the permitted rights please go to the full licence or to our Copyright and Licensing page.