Segurança e gestão urbana:

uma análise crítica da produção científica nacional

Autores/as

  • Paulo Fernandes Almeida PUC-PR
  • Mario Procopiuck PUC-PR

DOI:

https://doi.org/10.31060/rbsp.2021.v15.n1.1159

Palabras clave:

Modelos de policiamento, Criminalidade, Violência, Gestão Urbana.

Resumen

Os atuais níveis de violência põem em xeque os modelos tradicionais de policiamento no Brasil e indicam a necessidade de um tratamento mais holístico e interdisciplinar. No entanto, ainda são raros os trabalhos que lidam com a problemática considerando simultaneamente a criminalidade a paisagem e a percepção de segurança. Assim, este artigo tem por objetivo trazer algumas possibilidades teórico-conceituais e analisar criticamente a produção científica publicada em periódicos nacionais sobre o tema violência e gestão urbana. A busca por artigos se deu na base de dados SciELO, sendo selecionados apenas aqueles que abordam a questão da segurança publica e/ou criminalidade associada ao espaço urbano. Apenas um estudo trata da percepção espacial da violência, considerando simultaneamente a criminalidade a paisagem e a percepção de segurança. Portanto, constatada a carência de análises qualitativas e quantitativas com foco na interdisciplinaridade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Paulo Fernandes Almeida, PUC-PR

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela PUCPR, doutorando em Gestão Urbana pelo PPGTU/PUCPR. Possui experiencia nas áreas de arquitetura e urbanismo como arquiteto autônomo, docência em nível superior e na área de segurança pública como agente de segurança

Mario Procopiuck, PUC-PR

Professor e líder da linha de Pesquisa em Políticas Públicas do Programa de Pós-graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, vice-coordenador eleito do Comitê de Assessores da Área de Ciências Sociais Aplicadas e Bolsista de Produtividade da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná. Atuação nas áreas de Estudos Organizacionais e Políticas Públicas.

Citas

ABRAPIA – Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência. Tipos de violência. (2016).

ADORNO, S. A. (1993). Criminalidade urbana violenta no Brasil: um recorte temático. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, Rio de Janeiro, n. 35, jan./jun. 1993, p. 3-24.

ASSMANN, S. & BAZZANELLA, S. (2012). A máquina/dispositivo política: a biopolítica, o estado de exceção, a vida nua. In: Armindo Longhi (org.). Filosofia, política e transformação. São Paulo: LberArs.

AZEVEDO, M. A. (2003). Concepções sobre criminalidade e modelos de policiamento. Psicologia Ciência e Profissão, 23(3), p. 18-25.

AZEVEDO, R. G. (2006). Prevenção integrada: novas perspectivas para as políticas de segurança no Brasil. Katálysis, v.9, n.1, p. 38-42, Florianópolis-SC.

AZEVEDO, M. A.; MARTELETO, R. M. (2008). Informação e segurança pública: a construção do conhecimento social em ambiente urbano. TransInformação, Campinas, 20(3): 273-284, set./dez.

BAUMAN, Z. Medo líquido; tradução, Carlos Alberto Medeiros (2008). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

BICALHO, P. P. G.; KASTRUP, V. & REISHOFFER, J. C. (2012). Psicologia e segurança pública: invenção de outras máquinas de guerra. Psicologia & Sociedade, 24 (1), 56-65.

BONDARUK, R. L. (2007). A prevenção do crime através do desenho urbano. Curitiba: Autores Paranaenses.

CAMPOS, M. S.; ALVAREZ, M. C. (2017). Pela metade: implicações do dispositivo médico-criminal da “nova” Lei de Drogas na cidade de São Paulo. Tempo Social, São Paulo, v. 29, n. 2, p. 45-74.

CARLOS, A. F. A. (2001). Espaço-tempo na metrópole: a fragmentação da vida cotidiana. São Paulo: Contexto.

CARVALHO, V. A.; SILVA, M. R. F. (2011). Política de segurança pública no Brasil: avanços, limites e desafios. R. Katál, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 59-67, jan./jun.

CASTELLS, M. (1999). A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra.

CORRÊA, R. S. S.; LOBO, M. A. A. (2019). Distribuição espacial dos homicídios na cidade de Belém (PA); entre a pobreza/vulnerabilidade social e o tráfico de drogas. Urbe. Revista Brasileira de Gestão urbana, n. 11, e20180126.

COSTA, A. T. M.; DURANTE, M. O. (2019). A polícia e o medo do crime no Distrito Federal. DADOS, Rio de Janeiro, v. 62(1): e20180032.

DA MATTA, R. (2003). A casa & a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 6.ed. Rio de Janeiro: Rocco.

DU, F.; LIU, L.; JIANG, C.; LONG, D.; LAN, M. (2019). Discerning the effects of rural to urban migrants on burglaries in ZG City with structural equation modeling. Sustainability, n. 11, 561, p. 1-13.

ENDO, P. C. (2005). A violência no coração da cidade: um estudo psicanalítico. São Paulo: Escuta.

FANGHANEL, A. (2014). Approaching/departure: effacement, erasure and ‘undoing’ the fear of crime. Cultural Geographies. V. 21(3), p. 343-361.

FOUCAULT, M. (2008). Nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martins Fontes.

FUCA, R.; CUBICO, S.; FAVRETTO, G.; LEITÂO, J. (2019). The “local town market area” in Enna, Siclly: using the psychology of sustainability to propose sustainable and developmental policies. Sustainability, n. 11, 486, p. 1-21.

HERTZBERGER, H. (2015). Lições de arquitetura. Tradução de Carlos Eduardo Lima Machado. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes.

HILLIER, B. (2007). Space is the machine: a configurational theory of architecture. eletr. ed. London: Space Syntax,[2004].

HIRSCHI, T. (2009). Causes of delinquency. 9.ed. New Brunswick; London: Transaction, 2009. Berkeley: University of California Press.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Atlas da violência. Rio de Janeiro: IPEA e FPSP, 2018.

JACOBS, J. (2011). Morte e vida de grandes cidades. Ed: Martins Fontes, 3ª ed.

KANT DE LIMA, R.; MISSE, M.; MIRANDA, A. P. M. (2000). Violência, criminalidade, segurança pública e justiça criminal no Brasil: uma bibliografia Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, Rio de Janeiro, n. 50, p. 45-124.

LEFEBVRE, H. (2006). O direito à Cidade. São Paulo: Centauro.

LIMA NETO, J. S; VIEIRA, T. A. (2014). A estratégia de prevenção do crime através do desenho urbano. Revista Ordem Pública e Defesa Social, v.7, n.1.

LIMA, R. S.; SINHORETTO, J.; BUENO, S. (2015). A gestão da vida e da segurança pública no Brasil. Revista Sociedade e Estado, v. 30, n. 1, jan./abr.

LITMAN, T. A. (2003). Measuring transportation: traffic, mobility and acessibility. Institute of Transportation Engineers Journal Wasinhgton, DC: Institute of Transportation Engineers – ITE, v.73, n.10, p.28-32, Oct.

MENDONÇA, E. M. S. (2007). Apropriações do espaço público: alguns conceitos. Estudos e Pesquisa em Psicologia, Rio de Janeiro: Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, ano 7, n.2, p.296-306, ago.

MISSE, M. (1995). Violência e participação política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, IUPERJ: Série Estudos, n. 91, ago., p. 23-39.

MISSE, M. (2016). Violência e teoria social. Dilemas: Revista de Estudos de Conflitos e Controle Social, vol. 9, n. 1, jan./abr., p. 45-63.

MONTEMAYOR, G. D. (2019). Recovering subsidized housing developments in Nothern México: the critical role of public space in community building in the context of a crime and violence crisis. Sustainability, n. 11, 5473, p. 1-19.

NOBREGA JUNIOR, J. M. P. (2018). O que se escreve no Brasil sobre Segurança Pública? Uma revisão da literatura recente. Rev. bras. segur. Pública. São Paulo, v. 12, n. 2, ago./set. 2018, p. 14-47.

OLIVEN, R. G. (2007). A antropologia de grupos urbanos. Petrópolis: Editora Vozes.

PEREIRA, A.P.; PROCOPICK, M.; FONSECA, M.d.V. e OLIVEIRA, R.Q. Espaço público: reconfigurações físicas e percepções de usuários em perspectivas de longo prazo. Arquitetura Revista, v.15, n.1. p.117-137. 2019. D.O.I: 10.4013/arq.2019.151.07

PORTO, M. S. G. (2000). A violência entre inclusão e a exclusão social. Tempo Social – Revista de Sociologia da USP, São Paulo: Universidade de São Paulo, v.12, n.1, p.187-200, maio.

PRADO, B. B.; MAGAGNIN, R. C. (2015). Rotas seguras: a qualidade espacial no entorno de áreas escolares para usuários de transporte público. In: Congresso internacional de ergonomia e usabilidade de interfaces humana, tecnológica, produto, informações, ambientes construídos e transportes – 15º ERGODESIGN.

REID-HENRY, S.; SENDING, O. J. (2014). The “humanitarianization” of urban violence. Environment & Urbanization. International Institute for Environment and Development (IIED). Vol. 26(2), p. 427-442.

REZENDE, D. A. & CASTOR, B. V. J. (2005). Planejamento estratégico municipal: empreendedorismo participativo nas cidades, prefeituras e organizações públicas. Rio de Janeiro: Brasport.

RIBEIRO, A. C. T. (2002). O ensino do planejamento urbano e regional. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 4, n. ½, p. 63-72.

RIBEIRO, L.; TEIXEIRA, A. N. (2018). O calcanhar de Aquiles dos estudos sobre crime, violência e dinâmica criminal. BIB, São Paulo, n. 84, 2/2017 (publicado em abril de 2018), p. 13-80.

RICARDO, C. M.; SIQUEIRA, P. P.; MARQUES, C. R. (2013). Estudo conceitual sobre os espaços urbanos seguros. Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP, v.7, n.1, p.200-216, fev./mar.

ROUSSEAU, J. (2018). O contrato social. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal. Ed: Lafonte.

SABBAG, G. M.; KUHNEN, A. & VIEIRA, M. L. (2015). A mobilidade independente da criança em centros urbanos. Interações, Campo Grande, v. 16, n. 2, p. 433-440, jul./dez.

SANTOS, M. (2012). Espaço e método. 5.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – EDUSP.

SENTO-SÉ, J. T. (2011). Prevenção ao crime e teoria social. Lua nova, São Paulo, n. 83: p. 9-40.

SHAW, C. R.; MCKAY, H. D. (1942). Juvenile Delinquency in Urban Areas. Chicago: University of Chicago Press.

SILVA, M.-V.G. e PROCOPIUCK, M. A produção científica sobre gestão urbana: análise bibliométrica de 2010 a 2017. EURE (Santiago), v.45, n.136. p.281-295 2019

SOUZA, M. L. ( 2005).ABC do Desenvolvimento Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

SOUZA, M. L. (2008). Fobópole: o medo generalizado e a militarização da questão urbana. Rio de janeiro: Bertrand Brasil.

SOUZA, M. L. (2010). Mudar a Cidade: uma introdução crítica ao Planejamento e à Gestão Urbanos. 6ª Ed. Rio de Janeiro: : Bertrand Brasil.

TEIXEIRA, M. C. S.; PORTO, M. R. S. (1998). Violência, insegurança e imaginário do medo. Cadernos Cedes, ano XIX, n. 47, dez.

VISSCHER, S. & BIE, M. B. (2008). Recognizing urban public spaces as a co-educator: children’s socialization in Ghent. International journal of urban and regional research, v. 32, n. 3 p. 604-616.

WACHSMUTH, D. Teoría urbana sin ciudadismo metodológico. 2013, n.06. 2013

XAVIER, A. R.; CHAGAS, E. F.; REIS, E. C. (2019). Direito positivo, miséria social e violência no capitalismo globalizado. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 134, p. 107-123, jan./abr.

ZALUAR, A. (2019). Violência. Os medos na política de segurança pública. Estudos Avançados, n.33(96), p. 5-22.

Publicado

2021-02-18

Cómo citar

ALMEIDA, Paulo Fernandes; PROCOPIUCK, Mario. Segurança e gestão urbana:: uma análise crítica da produção científica nacional. Revista Brasileira de Segurança Pública, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 40–57, 2021. DOI: 10.31060/rbsp.2021.v15.n1.1159. Disponível em: https://revista.forumseguranca.org.br/rbsp/article/view/1159. Acesso em: 22 nov. 2024.