Segurança e gestão urbana:
uma análise crítica da produção científica nacional
DOI:
https://doi.org/10.31060/rbsp.2021.v15.n1.1159Palabras clave:
Modelos de policiamento, Criminalidade, Violência, Gestão Urbana.Resumen
Os atuais níveis de violência põem em xeque os modelos tradicionais de policiamento no Brasil e indicam a necessidade de um tratamento mais holístico e interdisciplinar. No entanto, ainda são raros os trabalhos que lidam com a problemática considerando simultaneamente a criminalidade a paisagem e a percepção de segurança. Assim, este artigo tem por objetivo trazer algumas possibilidades teórico-conceituais e analisar criticamente a produção científica publicada em periódicos nacionais sobre o tema violência e gestão urbana. A busca por artigos se deu na base de dados SciELO, sendo selecionados apenas aqueles que abordam a questão da segurança publica e/ou criminalidade associada ao espaço urbano. Apenas um estudo trata da percepção espacial da violência, considerando simultaneamente a criminalidade a paisagem e a percepção de segurança. Portanto, constatada a carência de análises qualitativas e quantitativas com foco na interdisciplinaridade.
Descargas
Citas
ABRAPIA – Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência. Tipos de violência. (2016).
ADORNO, S. A. (1993). Criminalidade urbana violenta no Brasil: um recorte temático. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, Rio de Janeiro, n. 35, jan./jun. 1993, p. 3-24.
ASSMANN, S. & BAZZANELLA, S. (2012). A máquina/dispositivo política: a biopolítica, o estado de exceção, a vida nua. In: Armindo Longhi (org.). Filosofia, política e transformação. São Paulo: LberArs.
AZEVEDO, M. A. (2003). Concepções sobre criminalidade e modelos de policiamento. Psicologia Ciência e Profissão, 23(3), p. 18-25.
AZEVEDO, R. G. (2006). Prevenção integrada: novas perspectivas para as políticas de segurança no Brasil. Katálysis, v.9, n.1, p. 38-42, Florianópolis-SC.
AZEVEDO, M. A.; MARTELETO, R. M. (2008). Informação e segurança pública: a construção do conhecimento social em ambiente urbano. TransInformação, Campinas, 20(3): 273-284, set./dez.
BAUMAN, Z. Medo líquido; tradução, Carlos Alberto Medeiros (2008). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
BICALHO, P. P. G.; KASTRUP, V. & REISHOFFER, J. C. (2012). Psicologia e segurança pública: invenção de outras máquinas de guerra. Psicologia & Sociedade, 24 (1), 56-65.
BONDARUK, R. L. (2007). A prevenção do crime através do desenho urbano. Curitiba: Autores Paranaenses.
CAMPOS, M. S.; ALVAREZ, M. C. (2017). Pela metade: implicações do dispositivo médico-criminal da “nova” Lei de Drogas na cidade de São Paulo. Tempo Social, São Paulo, v. 29, n. 2, p. 45-74.
CARLOS, A. F. A. (2001). Espaço-tempo na metrópole: a fragmentação da vida cotidiana. São Paulo: Contexto.
CARVALHO, V. A.; SILVA, M. R. F. (2011). Política de segurança pública no Brasil: avanços, limites e desafios. R. Katál, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 59-67, jan./jun.
CASTELLS, M. (1999). A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra.
CORRÊA, R. S. S.; LOBO, M. A. A. (2019). Distribuição espacial dos homicídios na cidade de Belém (PA); entre a pobreza/vulnerabilidade social e o tráfico de drogas. Urbe. Revista Brasileira de Gestão urbana, n. 11, e20180126.
COSTA, A. T. M.; DURANTE, M. O. (2019). A polícia e o medo do crime no Distrito Federal. DADOS, Rio de Janeiro, v. 62(1): e20180032.
DA MATTA, R. (2003). A casa & a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 6.ed. Rio de Janeiro: Rocco.
DU, F.; LIU, L.; JIANG, C.; LONG, D.; LAN, M. (2019). Discerning the effects of rural to urban migrants on burglaries in ZG City with structural equation modeling. Sustainability, n. 11, 561, p. 1-13.
ENDO, P. C. (2005). A violência no coração da cidade: um estudo psicanalítico. São Paulo: Escuta.
FANGHANEL, A. (2014). Approaching/departure: effacement, erasure and ‘undoing’ the fear of crime. Cultural Geographies. V. 21(3), p. 343-361.
FOUCAULT, M. (2008). Nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martins Fontes.
FUCA, R.; CUBICO, S.; FAVRETTO, G.; LEITÂO, J. (2019). The “local town market area” in Enna, Siclly: using the psychology of sustainability to propose sustainable and developmental policies. Sustainability, n. 11, 486, p. 1-21.
HERTZBERGER, H. (2015). Lições de arquitetura. Tradução de Carlos Eduardo Lima Machado. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes.
HILLIER, B. (2007). Space is the machine: a configurational theory of architecture. eletr. ed. London: Space Syntax,[2004].
HIRSCHI, T. (2009). Causes of delinquency. 9.ed. New Brunswick; London: Transaction, 2009. Berkeley: University of California Press.
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Atlas da violência. Rio de Janeiro: IPEA e FPSP, 2018.
JACOBS, J. (2011). Morte e vida de grandes cidades. Ed: Martins Fontes, 3ª ed.
KANT DE LIMA, R.; MISSE, M.; MIRANDA, A. P. M. (2000). Violência, criminalidade, segurança pública e justiça criminal no Brasil: uma bibliografia Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, Rio de Janeiro, n. 50, p. 45-124.
LEFEBVRE, H. (2006). O direito à Cidade. São Paulo: Centauro.
LIMA NETO, J. S; VIEIRA, T. A. (2014). A estratégia de prevenção do crime através do desenho urbano. Revista Ordem Pública e Defesa Social, v.7, n.1.
LIMA, R. S.; SINHORETTO, J.; BUENO, S. (2015). A gestão da vida e da segurança pública no Brasil. Revista Sociedade e Estado, v. 30, n. 1, jan./abr.
LITMAN, T. A. (2003). Measuring transportation: traffic, mobility and acessibility. Institute of Transportation Engineers Journal Wasinhgton, DC: Institute of Transportation Engineers – ITE, v.73, n.10, p.28-32, Oct.
MENDONÇA, E. M. S. (2007). Apropriações do espaço público: alguns conceitos. Estudos e Pesquisa em Psicologia, Rio de Janeiro: Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, ano 7, n.2, p.296-306, ago.
MISSE, M. (1995). Violência e participação política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, IUPERJ: Série Estudos, n. 91, ago., p. 23-39.
MISSE, M. (2016). Violência e teoria social. Dilemas: Revista de Estudos de Conflitos e Controle Social, vol. 9, n. 1, jan./abr., p. 45-63.
MONTEMAYOR, G. D. (2019). Recovering subsidized housing developments in Nothern México: the critical role of public space in community building in the context of a crime and violence crisis. Sustainability, n. 11, 5473, p. 1-19.
NOBREGA JUNIOR, J. M. P. (2018). O que se escreve no Brasil sobre Segurança Pública? Uma revisão da literatura recente. Rev. bras. segur. Pública. São Paulo, v. 12, n. 2, ago./set. 2018, p. 14-47.
OLIVEN, R. G. (2007). A antropologia de grupos urbanos. Petrópolis: Editora Vozes.
PEREIRA, A.P.; PROCOPICK, M.; FONSECA, M.d.V. e OLIVEIRA, R.Q. Espaço público: reconfigurações físicas e percepções de usuários em perspectivas de longo prazo. Arquitetura Revista, v.15, n.1. p.117-137. 2019. D.O.I: 10.4013/arq.2019.151.07
PORTO, M. S. G. (2000). A violência entre inclusão e a exclusão social. Tempo Social – Revista de Sociologia da USP, São Paulo: Universidade de São Paulo, v.12, n.1, p.187-200, maio.
PRADO, B. B.; MAGAGNIN, R. C. (2015). Rotas seguras: a qualidade espacial no entorno de áreas escolares para usuários de transporte público. In: Congresso internacional de ergonomia e usabilidade de interfaces humana, tecnológica, produto, informações, ambientes construídos e transportes – 15º ERGODESIGN.
REID-HENRY, S.; SENDING, O. J. (2014). The “humanitarianization” of urban violence. Environment & Urbanization. International Institute for Environment and Development (IIED). Vol. 26(2), p. 427-442.
REZENDE, D. A. & CASTOR, B. V. J. (2005). Planejamento estratégico municipal: empreendedorismo participativo nas cidades, prefeituras e organizações públicas. Rio de Janeiro: Brasport.
RIBEIRO, A. C. T. (2002). O ensino do planejamento urbano e regional. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 4, n. ½, p. 63-72.
RIBEIRO, L.; TEIXEIRA, A. N. (2018). O calcanhar de Aquiles dos estudos sobre crime, violência e dinâmica criminal. BIB, São Paulo, n. 84, 2/2017 (publicado em abril de 2018), p. 13-80.
RICARDO, C. M.; SIQUEIRA, P. P.; MARQUES, C. R. (2013). Estudo conceitual sobre os espaços urbanos seguros. Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP, v.7, n.1, p.200-216, fev./mar.
ROUSSEAU, J. (2018). O contrato social. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal. Ed: Lafonte.
SABBAG, G. M.; KUHNEN, A. & VIEIRA, M. L. (2015). A mobilidade independente da criança em centros urbanos. Interações, Campo Grande, v. 16, n. 2, p. 433-440, jul./dez.
SANTOS, M. (2012). Espaço e método. 5.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – EDUSP.
SENTO-SÉ, J. T. (2011). Prevenção ao crime e teoria social. Lua nova, São Paulo, n. 83: p. 9-40.
SHAW, C. R.; MCKAY, H. D. (1942). Juvenile Delinquency in Urban Areas. Chicago: University of Chicago Press.
SILVA, M.-V.G. e PROCOPIUCK, M. A produção científica sobre gestão urbana: análise bibliométrica de 2010 a 2017. EURE (Santiago), v.45, n.136. p.281-295 2019
SOUZA, M. L. ( 2005).ABC do Desenvolvimento Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
SOUZA, M. L. (2008). Fobópole: o medo generalizado e a militarização da questão urbana. Rio de janeiro: Bertrand Brasil.
SOUZA, M. L. (2010). Mudar a Cidade: uma introdução crítica ao Planejamento e à Gestão Urbanos. 6ª Ed. Rio de Janeiro: : Bertrand Brasil.
TEIXEIRA, M. C. S.; PORTO, M. R. S. (1998). Violência, insegurança e imaginário do medo. Cadernos Cedes, ano XIX, n. 47, dez.
VISSCHER, S. & BIE, M. B. (2008). Recognizing urban public spaces as a co-educator: children’s socialization in Ghent. International journal of urban and regional research, v. 32, n. 3 p. 604-616.
WACHSMUTH, D. Teoría urbana sin ciudadismo metodológico. 2013, n.06. 2013
XAVIER, A. R.; CHAGAS, E. F.; REIS, E. C. (2019). Direito positivo, miséria social e violência no capitalismo globalizado. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 134, p. 107-123, jan./abr.
ZALUAR, A. (2019). Violência. Os medos na política de segurança pública. Estudos Avançados, n.33(96), p. 5-22.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Brasileira de Segurança Pública
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Licencia
La Revista Brasileña de Seguridad Pública utiliza la Licencia Creative Commons como forma de licenciamiento para sus trabajos publicados. La licencia utilizada sigue el modelo CC BY 4.0 - Atribución 4.0 Internacional.
Para ver los derechos permitidos por favor vaya a la licencia completa o a nuestra página de Derechos de Autor y Licencias.