APAC como vía de salida

Articulaciones entre la sociedad civil y los actores parlamentarios en la estructuración de las políticas penales de Minas Gerais entre 1995 y 2018

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31060/rbsp.2024.v18.n2.1861

Palabras clave:

Legislativo, Prisiones, Políticas penales, Asociación para la Protección y Asistencia de los Convictos (APAC)

Resumen

A partir de la vertiente teórica del nuevo institucionalismo, discutimos los mitos que configuran el sistema penal y cómo estos han sido movilizados para dar forma a determinadas políticas penales en Minas Gerais, debatidas en el ámbito legislativo por parlamentarios y sociedad civil. A partir de un abordaje inédito en el campo penitenciario, analizamos las agendas y actas de 115 audiencias públicas de la Comisión de Seguridad Pública y de la Comisión de Derechos Humanos de la Asamblea Legislativa de Minas Gerais, realizadas entre 1995 y 2018, cuyos temas versaron sobre prisiones. De esta manera, buscamos entender las formas en que los enfrentamientos -y consensos- entre diferentes actores ayudaron a estructurar las discusiones sobre el castigo, consolidando una «solución» que actualmente se está extendiendo por todo Brasil, la Asociación para la Protección y Asistencia de los Condenados (APAC). Concluimos que el modelo de la APAC se vio fortalecido por la defensa consistente a lo largo de los años por parte de diferentes actores, lo que no ocurrió con otras propuestas, como las relacionadas con las alternativas penales. Durante este período, la resistencia a la APAC se enfrió en la medida en que el modelo se consideraba eficaz cuando se dirigía a determinados grupos de delincuentes, especialmente a los considerados "no violentos".

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Biografía del autor/a

Natália Martino, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Ciência Política pela UFMG e pesquisadora do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública (Crisp/ UFMG).

Thais Duarte (In Memorian), Universidade Federal de Minas Gerais

Thais Lemos Duarte coordenou e compôs diversas pesquisas sobre segurança pública e sistema de justiça criminal, assim como fez parte de organizações da sociedade civil e de órgãos de Direitos Humanos, como o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Desenvolveu consultorias sobre sistema penal e prevenção à tortura, tornando-se uma referência nacional sobre esses temas. Socióloga graduada pela UERJ, com mestrado pela UFRJ e doutorado pela UERJ. Pesquisadora do Centro de Estudos em Criminalidade Segurança Pública (Crisp/ UFMG).

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Publicado

2024-08-01

Cómo citar

MARTINO, Natália; DUARTE (IN MEMORIAN), Thais. APAC como vía de salida: Articulaciones entre la sociedad civil y los actores parlamentarios en la estructuración de las políticas penales de Minas Gerais entre 1995 y 2018. Revista Brasileira de Segurança Pública, [S. l.], v. 18, n. 2, p. 54–79, 2024. DOI: 10.31060/rbsp.2024.v18.n2.1861. Disponível em: https://revista.forumseguranca.org.br/rbsp/article/view/1861. Acesso em: 21 nov. 2024.