Padrões de mobilidade e modus operandi dos crimes de estupro em Maceió (AL)

Autores/as

  • Fillipi Lúcio Nascimento da Silva Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.31060/rbsp.2021.v15.n2.1280

Palabras clave:

Mobilidade criminal, Modus operandi, Crimes de estupro

Resumen

O artigo apresenta uma caracterização da mobilidade criminal e do modus operandi dos crimes de estupro ocorridos na cidade de Maceió (AL) entre os anos de 2015 e 2017. Os dados reunidos no estudo foram cedidos pelas Polícias Civil e Militar do Estado de Alagoas e pela Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social. Recorreu-se à abordagem descritiva para descrever os aspectos configuracionais dos crimes sexuais notificados na cidade e no período supracitados. Na análise dos resultados foi possível identificar padrões na forma de atuação dos agressores, nos perfis da vítima e do autor do crime e nas configurações espaço-temporais dos crimes de estupro sobre o perímetro urbano da capital alagoana.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fillipi Lúcio Nascimento da Silva, Universidade Federal de Pernambuco

Doutorando em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Sociologia e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Pesquisador do Laboratório de Estudos de Segurança Pública (LESP/UFAL).

Citas

AINSWORTH, P. Offender profiling and crime analysis. Devon: Willan Publishing, 2013.

BEATO, C. Crime e cidades. 2 ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012.

BEATO, C.; ASSUNÇÃO, R. M.; SILVA, B. F. A. da; MARINHO, F. C.; REIS, I. A.; ALMEIDA, M. C. de M. Conglomerados de homicídios e o tráfico de drogas em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, de 1995 a 1999. Cadernos de Saúde Pública, v. 17, n. 5, p. 1163-1171, set./out. 2001.

BEAUREGARD, E.; BUSINA, I. Journey “during” crime: predicting criminal mobility patterns in sexual assaults. Journal of Interpersonal Violence, v. 10, n. 28, p. 52-67, 2013.

BEAUREGARD, E.; MARTINEAU, M. Journey to murder: examining the correlates of criminal mobility in sexual homicide. Police Practice and Research, v. 17, n. 1, p. 68-83, 2016.

BERNASCO, W.; NIEUWBEERTA, P. How do residential burglars select target areas? A new approach to the analysis of criminal location choice. British Journal of Criminology, v. 45, n. 3, p. 296-315, maio 2005.

BLOCK, R.; GALARY, A.; BRICE, D. The journey to crime: victims and offenders converge in violence index offenses in Chicago. Security Journal, v. 20, n. 2, p. 123-137, 2007.

BRANTINGHAM, P.; BRANTINGHAM, P. Notes on the geometry of crime. In: CANTER, D.; YOUNGS, D. (Eds.). Principles of geographical offender profiling. New York: Routledge, 2017, p. 97-124.

BRANTINGHAM, P.; BRANTINGHAM, P. Crime pattern theory. In: WORTLEY, R.; MAZEROLLE, L. (Eds.). Environmental criminology and crime analysis. Devon: Willan Publishing, 2008, p. 78-93.

BRANTINGHAM, P.; BRANTINGHAM, P. Environment, routine and situation: toward a pattern theory of crime. In: CLARKE, R.; FELSON, M. (Eds.). Routine activity and rational choice. New Brusnwick: Transactions, 1993, p. 259-294.

BRANTINGHAM, P.; BRANTINGHAM, P. Patterns in crime. New York: MacMillan, 1984.

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Dados do Disque 100.

BRASIL. Lei nº 13.718, de 24 de setembro de 2018. Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tipificar os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de estupro, tornar pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes sexuais contra vulnerável, estabelecer causas de aumento de pena para esses crimes e definir como causas de aumento de pena o estupro coletivo e o estupro corretivo; e revoga dispositivo do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais). Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 25 set. 2018.

CAMPOS, M. da S. Escolha racional e criminalidade: uma avaliação crítica do modelo. Revista da SJRJ, v. 15, n. 22, p. 93-110, 2010.

CECCATO, V. Homicide in São Paulo, Brazil: assessing spatial-temporal and weather variations. Journal of Environmental Psychology, v. 25, n. 3, p. 307-321, set. 2005.

CERQUEIRA, D.; COELHO, D. S. C. Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde. Brasília: Ipea, 2014.

COHEN, L.; FELSON, M. Social change and crime rate trends: a routine activity approach. American Sociological Review, v. 44, n. 4, p. 588-608, ago. 1979.

CORNISH, D. B. The procedural analysis of offending and its relevance for situational prevention. In: CLARKE, R. (Ed.). Crime Preventions Studies. v. 3, Monsey: Criminal Justice Press, 1994, p. 151-196.

CORNISH, D. B.; CLARKE, R. V. Opportunities, precipitators and criminal decisions: a reply to Wortley’s critique of situational crime prevention. In: SMITH, M. J.; CORNISH, D. B. (Eds.). Crime Prevention Studies: theory for practice in situational crime prevention. Monsey: Criminal Justice Press, 2003, p. 41-96.

CORNISH, D. B.; CLARKE, R. V. The rational choice perspective. In: WORTLEY, R.; MAZEROLLE, L. (Eds.). Environment criminology and crime analysis. Cullompton: Willan, 2008, p. 21-47.

COUPE, T.; BLAKE, L. Daylight and darkness targeting strategies and the risks of being seen at residential burglaries. Criminology, v. 44, n. 2, p. 431-464, jun. 2006.

DELFINO, M. S. Entre muros: descrição espacial dos cenários urbanos com grande incidência criminal em Maceió-AL. 2017. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2017.

DUWE, G.; DONNAY, W.; TEWKSBURY, R. Does residential proximity matter? A geographic analysis of sex offense recidivism. Criminal Justice and Behavior, v. 35, n. 4, p. 484-504, 2008.

ECK, J. The crime-place Chacham*. Criminology & Public Policy, v. 17, n. 1, p. 27-30, 2018.

ECK, J. Preventing crime at places. In: SHERMAN, L. W.; FARRINGTON, D. P.; WELSH, B. C.; MACKENZIE, D. L. (Eds.). Evidence-based crime prevention. New York: Routledge, 2002, p. 241-294.

ECK, J. A general model of the geography of illicit retail marketplaces. In. ECK, J.; WEISBURD, D. (Eds.). Crime prevention studies: crime and place. v. 4, Monsey: Criminal Justice Press, 1995, p. 67-93.

ECK, J. The threat of crime displacement. Criminology Justice Abstracts, v. 25, p. 527-546, 1993.

ENGEL, C. L. As atualizações e a persistência da cultura do estupro no Brasil. Texto para discussão 2339 – Ipea, Brasília: Rio de Janeiro: Ipea, 2017.

G1. Política. Entenda a lei de importunação sexual, que já levou à prisão de foliões no carnaval. Por G1, Brasília, 4 mar. 2019.

FELSON, M.; BOBA, R. Crime and everyday life. [s.l.]: Sage, 2010.

FONTES, L. Não é não! Mas violência sexual aumenta 50% durante o Carnaval em BH. O Tempo, Belo Horizonte, 26 jan. 2020.

FBSP – FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 2019.

GABOR, T.; GOTTHEIL, E. Offender characteristics and spatial mobility: an empirical study and some policy implications. Canadian Journal of Criminology, v. 26, n. 3, p. 267-281, 1984.

HAGEDORN, J.; RAUCH, B. Housing, gangs, and homicide: what we can learn from Chicago. Urban Affairs Review, v. 42, n. 4, p. 435-456, mar. 2007.

JACOBS, B. Robbing drug dealers: violence beyond the law. New York: Routledge, 2017.

JOHNSON, S.; GUERETTE, R.; BOWERS, K. Crime displacement: what we know, what we don’t know, and what it means for crime reduction. Journal of Experimental Criminology, v. 10, n. 4, p. 549-571, dez. 2014.

LEBEAU, J. The journey to rape: geographic distance and the rapist’s method of approaching the victim. Journal of Police Science and Administration, v. 15, n. 2, p. 129-136, 1987.

LECLERC, B.; PROULX, J.; LUSSIER, P.; ALLAIRE, J. F. Offender-victim interaction and crime event outcomes: modus operandi and victim effects on the risk of intrusive sexual offences against children. Criminology, v. 47, n. 2, p. 595-618, 2009.

LECLERC, B.; TREMBLAY, P. Strategic behavior in adolescent sexual offenses against children: linking modus operandi to sexual behaviors. Sexual Abuse: A Journal of Research and Treatment, v. 19, n. 1, p. 23-41, abr. 2007.

LECLERC, B.; WORTLEY, R.; SMALLBONE, S. Investigating mobility patterns for repetitive sexual contact adult child sex offending. Journal of Criminal Justice, v. 38, n. 4, p. 648-656, jul. 2010.

LUSSIER, P.; BOUCHARD, M.; BEAUREGARD, E. Patterns of criminal achievement in sexual offending: unravelling the “successful” sex offender. Journal of Criminal Justice, v. 39, n. 5, p. 433-444, 2011.

MADDAN, S.; PAZZANI, L. Sex Offenders: crime and processing in the criminal justice system. New York: Wolters Kluwer, 2017.

MELO, S. N. de; BEAUREGARD, E.; ANDRESEN, M. A. Factors related to rape reporting behavior in Brazil: examining the role of spatio-temporal factors. Journal of Interpersonal Violence, v. 34, n. 10, p. 2013-2033, maio 2019.

MOGAVERO, M.; KENNEDY, L. The social and geographic patterns of sexual offending: is sex offender residence restriction legislation practical?. Victims & Offenders, v. 12, n. 3, p. 401-433, 2017.

MOREIRA, G. C.; CECCATO, V. A. Gendered mobility and violence in the São Paulo metro, Brazil. Urban Studies, v. 58, n. 1, p. 203-222, jan. 2020.

NASCIMENTO, F. L. Dinâmicas intraurbanas e mobilidade criminal: uma análise “ecológica” da criminalidade em Maceió (AL). 2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2020.

NASCIMENTO, F. L. Dinâmicas intra-urbanas e mobilidade criminal na cidade de Maceió (AL). In: NASCIMENTO, E. O. (Org.). Crime, controle e punição: estudos sobre segurança pública em Alagoas. Maceió: Edufal, 2019, p. 151-187.

NEE, C. Understanding expertise in burglars: From pre-conscious scanning to action and beyond. Aggression and Violent Behavior, v. 20, p. 53-61, 2015.

PETROSINO, A.; BRENSILBER, D. The motives, methods and decision-making of convenience store robbers: interviews with 28 incarcerated offenders in Massachusetts. In: SMITH, M. J.; CORNISH, D. (Eds.). Crime preventions studies: theory for practice in situational crime prevention. v. 16. Monsey: Criminal Justice Press, 2003, p. 237-263.

RATCLIFFE, J. The spatial extent of criminogenic places: a changepoint regression of violence around bars. Geographical Analysis, v. 44, n. 4, p. 302-320, out. 2012.

SUMMERS, L.; ROSSMO, K. Aplicaciones prácticas de la teoría de las actividades rutinarias a la investigación criminal. In: LLINARES, F. M.; SANLLEHÍ, J. R. A.; SARMIENTO, J. F. M.; SUMMERS, L. (Eds.). Crimen, oportunidad y vida diaria. Libro homenaje al Profesor Dr. Marcus Felson. Madrid: Dykinson, 2015, p. 171-186.

TEWKSBURY, R.; MUSTAINE, E. E. Where to find sex offenders: an examination of residential locations and neighborhood conditions. Criminal Justice Studies, v. 19, n. 1, p. 61-75, mar. 2006.

TILLYER, M. S.; WILCOX, P.; WALTER, R. Crime generators in context: examining ‘place in neighborhood’ propositions. Journal of Quantitative Criminology, v. 37, p. 517-546, jan. 2020.

VANDEVIVER, C.; DAELE, S. V.; BEKEN, T. V. What makes long crime trips worth undertaking? Balancing costs and benefits in burglars’ journey to crime. British Journal of Criminology, v. 55, n. 2, p. 399-420, fev. 2014.

WALKER, J.; GOLDEN, J.; VANHOUTEN, A. The geographic link between sex offenders and potential victims: a routine activities approach. Justice Research and Policy, v. 3, n. 2, p. 15-33, set. 2001.

WEISBURD, D. From criminals to criminal contexts: reorienting crime prevention research and policy. In: WARING, E.; WEISBURD, D. (Eds.). Crime and social organization. New York: Routledge, 2018, p. 215-234.

WEISBURD, D. Reorienting criminal justice research and policy: from the causes of criminality to the context of crime. Washington, DC: U.S. Department of Justice, National Institute of Justice, 1997.

WEISBURD, D.; ECK, J. (Eds.). Unraveling the crime-place connection: new directions in theory and policy. New York: Routledge, 2017.

WILCOX, P.; CULLEN, F. Situational opportunity theories of crime. Annual Review of Criminology, v. 1, n. 1, p. 123-148, jan. 2018.

ZIPF, G. The principle of least effort. 5 ed. Providence: Addison Wesley, 1950.

Publicado

2021-09-29

Cómo citar

NASCIMENTO DA SILVA, Fillipi Lúcio. Padrões de mobilidade e modus operandi dos crimes de estupro em Maceió (AL). Revista Brasileira de Segurança Pública, [S. l.], v. 15, n. 2, p. 196–225, 2021. DOI: 10.31060/rbsp.2021.v15.n2.1280. Disponível em: https://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/view/1280. Acesso em: 3 jul. 2024.