Além das técnicas de entrevista: características individuais em entrevista investigativa com testemunhas

Autores

  • Maria da Graça Ballardin
  • Lilian Milnitsky Stein
  • Rebecca Milne

DOI:

https://doi.org/10.31060/rbsp.2013.v7.n2.336

Palavras-chave:

Características do entrevistador, Testemunha, Atitude do entrevistador, Polícia Federal

Resumo

A literatura psicológica sugere que a experiência da testemunha não se resume a um fenômeno mnêmonico, refletindo, também, a influência de forças sociais. No contexto forense a atitude do entrevistador, primeiro ponto de contato com a vítima ou testemunha, é crucial para o processo de obtenção de informação e o provável sucesso da investigação. O presente estudo refere-se ao levantamento de características do entrevistador que se mostram relevantes na obtenção de testemunhos, em quantidade e com acurácia. Pretendeu-se identificar as variáveis individuais, relativas a aspectos de personalidade do entrevistador, que têm efeitos na quantidade e acurácia de informações recordadas pelos entrevistados, de acordo com a percepção de ambos. A amostra de 30 sujeitos constituiu-se de 15 díades, entrevistador-entrevistado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria da Graça Ballardin

Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Especialista em Comportamento Organizacional pelo Ins-tituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, Lisboa, Portugal; Especialista em Gestão da Segurança na Sociedade Democrática, pela Universidade Luterana do Brasil e SENASP; Psicóloga graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Escrivã de Polícia Federal.

Lilian Milnitsky Stein

Ph.D. em Cognitive Psychology pela University of Arizona, EUA. Mestre em Applied Cognitive Psychology pela University of Toronto, Canadá. Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora Titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Processos Cognitivos do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS. Bolsista produtividade em pesquisa do CNPq. Atua nas áreas de falsas memórias, emoção e memória e Psicologia do Testemunho.

Rebecca Milne

Reader em Entrevista Forense do Instituto de Estudos de Justiça Criminal Universidade de Portsmouth, Reino Unido.

Referências

BROOKS, C. I.; CHURCH, M. A.; FRASER, L. Effects of duration of eye contact on judgments of personality characteristics. Journal of Social Psychology.n. 126, p. 71-78, 2001.

BULL, R. et al. Interviewing suspects and witnesses. Criminal Psychology: a beginner’s guide. Oneword Oxford, 2006, p. 53-101.

CLOT, Y.; FAÏTA, D.; FERNANDEZ, G. Entretiens en autoconfrontation croisée: une méthode en clinique de l’activité. Education permanente, n. 146, p. 17-25, 2001.

COLLINS, R.; LINCOLN, R.; FRANK, M. The need for rapport in police interviews. Humanities & Social Sciences paper. 2005.

COLLINS, R.; LINCOLN, R.; FRANK, M. The effect of rapport in forensic interviewing. Humanities & Social Sciences papers.2002.

GEISELMAN, R .E.; FISHER, R. P. The cognitive interview technique for victims and witness of crime. In: RASKIN, D. C. (Ed.). Psychological methods in criminal investigation and evidence. New York: Springer, 1989.

GRABOSKY, P. N. Efficiency and effectiveness in Australian policing. In: WILSON, P. R. (Ed.). Issues in crime, morality and justice. Canberra: Australian Institute of Criminology, 1992, p. 40-41.

GRANHAG, P. A.; JONSSON, AC.; ALWOOD, C. M. The cognitive interview and its effect on witnesses’ confidence. Psychology, Crime and Law, v. 10, n. 1, p. 37-52, 2004.

KEBBELL, M.; MILNE, R. Police officers perceptions of eyewitness factors in forensic investigations. Journal of Social Psychology,n. 138, p. 323-330, 1998.

KLEINKE, C. Gaze and eye contact: a research review. Psychology Bulletin, n. 100, p. 78-100, 1986.

MCGROARTY, A.; BAXTER, J. S. Interviewer behavior, interviewee selfesteem and response change in simulated forensic interviews. Personality and Individual Differences, n.47,p. 642-646, 2009.

MEMON, A. .Interviewing witnesses: the cognitive interview. Handbook of the Psychology of Interviewing. 1999.

MEMON, A.; STEVENAGE, S. V. Interviewing witnesses: what works and what doesn’t? Psychology, v.7, n. 6, 1996.

MILNE, R.; BULL, R. Interviewing by the police. Handbook of Psychology in Legal Contexts. 2 ed. Chichester: Wiley, 2005.

MILNE, R.; BULL, R. Interviewing victims of crime, including children and people with intellectual disabilities. In. KEBBELL, M. R.; DAVIES, G. (Eds.). Practical psychology for forensic investigations and prosecutions. Chichester: Wiley, 2006.

MINICHIELLO, V.; ARONI, R.; TIMEWELL, E.; ALEXANDER, L. In-Depth interviewing: researching people. Melbourne: Longman Cheshire, 1990.

PERGHER, G., K.; STEIN, L. M. Entrevista cognitiva e terapia cognitivo comportamental: do âmbito forense à clinica. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, n. 1, 2005.

SCHOLLUM, M. Investigative interviewing: the literature. New Zealand Police, 2005.

STEBLAY, N. K.; LOFTUS, E. F. Eyewitness memory and the legal system. In: SHAFIR, E. (Ed.).The Behavioral Foundations of Policy. Princeton University Press; Russell Sage Foundation, 2008.

VAN KOPPEN, P. J.; LOCHUN, S. K. Portraying perpetrators: thevalidy of offender descriptions by witnesses. Law and Human Behavior, n. 21, p. 661-668, 1997.

WELL, G. L.; MEMON, A.; PENROD, S. D. Eyewitness evidence: improving its probative value. Psychology Science in the Public Interest, v. 7, n. 2, 2006.

ZULAWSKY, D. E.; WICKLANDER, D. E. Practical aspects of interview and interrogation. New York: Elsevier, 1993.

Downloads

Publicado

01-08-2013

Como Citar

DA GRAÇA BALLARDIN, Maria; MILNITSKY STEIN, Lilian; MILNE, Rebecca. Além das técnicas de entrevista: características individuais em entrevista investigativa com testemunhas. Revista Brasileira de Segurança Pública, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 6–16, 2013. DOI: 10.31060/rbsp.2013.v7.n2.336. Disponível em: https://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/view/336. Acesso em: 29 mar. 2024.